🇩🇪 | Vinte e três

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Friedrich fez muitas coisas naquele ano, uma delas foi ter se casado por conveniência e depois ter se apaixonado perdidamente pelo seu marido falso que atualmente era seu namorado de verdade

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Friedrich fez muitas coisas naquele ano, uma delas foi ter se casado por conveniência e depois ter se apaixonado perdidamente pelo seu marido falso que atualmente era seu namorado de verdade.

Confuso? Sim, mas estava dando certo.

Agora ele tinha um namorado que andava por aí com uma camisa escrito "I love my boyfriend" e a foto dele dentro de um coração. Mas não pense que Friedrich estava reclamando, ele era o principal culpado disso e estava simplesmente adorando, era engraçado.

Bom, era 31 de dezembro, Fred e Valentim se encontravam torrando em uma espreguiçadeira na beira de uma piscina que ficava no alto de um hotel em Copacabana.

Tudo isso aconteceu meio do nada, eles estavam fazendo planos para o réveillon quando Valentim sugeriu que eles passassem em um hotel na praia, a vista para os fogos seria incrível e ainda poderiam ver os shows que aconteceriam na praia sem serem roubados, simplesmente incrível!

E foi assim que em três dias eles fizeram o impossível: conseguiram uma reserva em um hotel beira mar em Copa. Claro que eles deram os seus pulos, era muito difícil conseguir uma reserva naquela época do ano por causa do grande fluxo de turistas, Maju conhece a gerente do hotel que ajudou eles.

Então foi assim que na véspera de ano novo Fred e Valentim foram parar na cobertura do hotel, usando sungas, com a pele quente e tomando bons drinks.

E teve boatos de que eu estava na pior, porra, que quer dizer tá bem, né?

Fred, já estava na quarta caipirinha e começava a sentir os efeitos. Com os olhos semicerrados e um sorriso bobo estampado no rosto, ele se recostava preguiçosamente na espreguiçadeira ao lado de Valentim. As ondas de calor e o álcool criavam uma sensação agradável, mas o português... bem, esse já estava lá dos melhores.

- Valentchii... Valentchinnn... Valentim! - Fred tentou, pela terceira vez, acertar a pronúncia do nome do namorado, enquanto se esforçava para segurar o copo decorado com um guarda-chuvinha colorido. - Eu amo muitchu você, sabe?

Valentim riu, ajeitando os óculos escuros no rosto e encarando Fred com um ar divertido.

- Ah é? Só agora, depois de quatro caipirinhas?

- Não, não... Eu amo antes também! Mas agora... agora é mais, é... mais maiô! - Fred gesticulou exageradamente com as mãos, quase derrubando a bebida. - Você... você é meu amor brasileirô. Minha caipi... caipixinha!

Valentim gargalhou, curtindo cada momento dos erros de pronúncia do namorado.

- Caipixinha? Essa é nova. - Ele se inclinou para pegar o copo de Fred antes que ele o derrubasse. - Melhor dar um tempo, senão vou ter que te carregar para ver os fogos.

Fred balançou a cabeça, orgulhoso.

- Eu sou forte. Não vai ser preciso ajuda! - Ele tentou sentar-se direito, mas escorregou de volta na espreguiçadeira, rindo de si mesmo.

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