TE CULPEI, MAS TE PERDOEI

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Meus pais faleceram dois meses depois que terminei.
Eles tinham acabado de sair de um culto, meu pai estava dirigindo, ele pegou um atalho para chegar mais rápido em casa, já que era aniversário da minha mãe, naquele momento ela estava no telefone comigo.

Eu ouvi tudo.
A batida, últimas palavras….
Pegaram o telefone dela, retornaram a ligação, contando onde havia ocorrido o acidente. Peguei o carro e fui até lá.
A primeira pessoa que vi foi o assassino que estava embriagado naquela noite.

Pela primeira vez na vida odiei alguém. Gritei na sua frente que ele deveria ir direto para o inferno, não para cadeia. Aquele escravo do diabo só sabia chorar sem entender nada, sua boca só pedia perdão. Fiquei culpando o pobre homem até o primeiro julgamento. Sempre que a pessoa perdia perdão na frente das pessoas, a resposta era a mesma, não. Achei aquilo absurdo, afinal, com aquele acidente perdi os meus pais. Havia arrependimento em seus olhos, mas eu estava cega de ódio.

Participei de um retiro faltando uma semana para o segundo julgamento. Durante o tempo que estive ali, o Espírito Santo trabalhou em meu coração e alma. Passei o resto dos dias que sobraram sendo trabalhada pelo amor de Deus.

- Jesus o perdoou - faço uma pausa - assim eu também te perdoo hoje. - digo no tribunal
- Com o perdão das vítimas, a pena será reduzida - o juiz fala
- Mereço o inferno! - ouvir ele dizer doe, porque já tinha falado - por favor garota, deixe me morrer aqui - o homem grita aos prantos
- Você merece tal destino, assim com o juiz e eu também - olho para o homem - Mas não é isso que desejamos de verdade, e nem Jesus. Por isso ele pagou um alto preço em uma cruz. Você está perdoado, vá e não peque mais.
- Meritíssimo - viro para o juiz - Proponho pagar a reabilitação para o réu, assim que sua pena terminar, deste modo, ele ficará livre desse mal.
- Assim seja feito - bate o martelo

4 anos depois ele era livre da cadeia, bebida e de satanás.

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