A CULPA ERA MINHA OU SUA?

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Quando comecei a namorar pela primeira vez, eu estava com muita animação no início. O príncipe da Disney que comigo estava, era algo encantador, só acabei esquecendo do detalhe mais importante sobre seu caráter, ele vira sapo depois que o encanto se quebra.

A experiência de terminar, parecia um fardo caindo de meus ombros. Doeu um pouco como tudo na vida, apaguei as fotos, joguei fora os presentes, mas naquele momento não foi o suficiente para esquecer suas risadas, as lembranças de cada conversa ou até mesmo, de esquecer o quentinho nas mãos que eu sentia quando ele as segurava. Não foi fácil, é essa a verdade, meu peito doía quando passava flashbacks mostrando seus abraços, cada momento de seus presentes e principalmente o pedido de namoro.

Achei que eu era muito tonta por sentir ainda todas aquelas coisas pela pessoa que me traiu, que enganou o meu coração e sem se importar comigo fez do que fez. Me culpei por ter caído na armadilha de um baterista, por ter gostado dele e todas essas coisas de garota com o seu primeiro namorado tem. O problema era superar tudo aquilo, quando eu ainda o via em fotos com pessoas que conheço, ou na rua indo a igreja. Meus sentimentos foram a loucura com o tempo passando, aquele amor não existia mais, só a mágoa juntava dentro de mim, a dor e decepção tiveram o seu papel maior e importante.

“Poderia ser ele aqui ao meu lado”- uma vez pensei enquanto estava levando os documentos dos meus pais quando morreram, senti tanta dor por ele não me confortar e estar naquela situação foi horrível. Mas depois, não havia espaço para ser algo por ele seja lá o que fosse, pois após a morte dos meus pais eu estava me afogando na verdadeira dor…

Eu o culpei pelo nosso término, apesar da decisão ter sido minha. A vergonha e culpa era dele, porque foi ele quem traiu, e todas as vezes em que pensei nisso, sentia uma pontada no peito, mas vai passar - disse a mim mesma.
Tomei a decisão de guardar as lembranças de modo positivo, porque infelizmente é impossível apagar alguém de sua memória, então as guardei em meu coração, a nossa velha amizade, apagando automaticamente momentos de casais, como se tivesse acontecido em um mundo distante e maluco. Para ser sincera? Consegui evitar as saudades, minha mente compreendeu que era só mais um conhecido.

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