DURANTE ESSE TEMPO

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Achei que o meu mundo fosse cair.

Ultimamente por mais próximo que seja a data de ida de Haewon para o exército daqui, sinto uma paz exterior muito grande, foram as orações que fiz a Deus entregando tudo em suas mãos.

Fiquei animada com o a ideia de irmos jantar perto do centro, por lá tem vários lugares em que poderíamos ir. Mas passamos a tarde inteira assistindo jogo de futebol americano, acreditam?
Os adolescentes receberam propostas de bolsas de estudos para levar os melhores jogadores para os EUA.

Senti muita falta da adrenalina correr em minhas veias enquanto sentava em um estádio, não faço esse tipo de coisa desde dos meus doze. Minha mãe começou a reclamar com o pai por querer fazer só coisa de menino comigo. "Ela é uma princesa, não uma ogra", eu ria quando ela falava isso, porque sempre me lembrava de Sherik, eu falava isso a Nanah, e ela me disse em todas as vezes que seria o gato de botas da história.

- Os que perderem aqui vão ganhar bolsa também?

- Hum? - pergunto ao voltar a realidade

- Os garotos - ele aponto para os times - como eles vão ficar?

- Provavelmente em outra faculdade, de ótimo ensino. Esses dois são os melhores entre a Coreia... Calma - ele ri - Porque está perguntando isso pra mim?

- Eu sei que foi você. É a sua cara.

- Ué! - dou de ombros - nem faz sentido

- Faz sim - ele aperta de leve o meu nariz - do nada o pessoal americano entra em contato, logo após você descobrir isso uns dias atrás.

- Tá bom! - eu me afogo no meu assento - agora por favor, arquive essa informação. É um segredo!

- Nosso segredo - seus olhos brilham ao falar isso

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Uhhhh, que incrível.

É o que eu digo para mim mesma ao entrar em um restaurante coreano. Visitamos de todos os tipos de lugares que vendem comida estrangeira, mas em especial de hoje, estamos no maior daqui da Coreia.
Estivemos nos lugares menores com bastante comida, porém com poucas pessoas dentro, por causa das câmeras, jornais e tudo mais.

Hoje decidimos ser diferentes e encarar os fofoqueiros de plantão, que até agora não deram nenhum sinal.

Sentamos próximo a uma janela que possui a vista perfeita para cidade, carros, luzes dos postes ligados, pessoas andando na rua, e ar brisa, só que lá fora. Me incomodo com esse pequeno detalhe e abro a janela para entrar pelo menos o vento amigo que faz os meus cabelos soltos balançarem e os dentes ficarem amostra.

Espero pacientemente o jantar, porque perco a noção do tempo durante a minha viagem às memórias que guardo com carinho. Os dois meus pais brincando comigo, Hannah dormindo na minha casa para fazermos festas do pijama, meus amigos de infância, as crianças dos projetos, Jaewon e Haewon. Todos eles tem um lugar no meu coração e mente, mas os principais são os meus momentos com o Abba!

Escuto alguem chamar o meu nome, cessam as memórias na minha cabeça e eu retorno os olhos para o Haewon que está no meu lado.

Arregalo os olhos e ele abre a boca:

- Brenda Jones, você quer se casar comigo? - ele já está ajoelhado e segurando uma caixinha com a aliança dentro dela

- Isso é sério? - tapo a boca surpresa com esta cena

- Se parecer egoísta para você, não aceite, sei que irei para o exército daqui a dois dias, mas...

- Eu aceito!

- Você vai me esperar? Você quer me esperar? - ele parece mais surpreso que eu

- É você que tem que ir por ser obrigado, eu não irei a lugar nenhum. Espere você o dia em que iremos nos ver novamente...

- Tem certeza? Eu vou demorar, mas eu irei esperar....

- O amor é paciente, Haewon.

Ele levanta, estende a mão para mim e eu aceito.
Sinto o frio do metal atingindo o meu dedo anelar esquerdo, quando termina o ato, não reparo na qualidade do anel, só o abraço forte e beijo delicadamente.

Esse é o nosso primeiro beijo sem ser nas bochechas, mãos, ou na testa.

MEU DORAMA | dorama cristão Onde histórias criam vida. Descubra agora