EPÍLOGO - BATIDAS DAS ASAS DE BORBOLETAS

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Fiz tanta coisa.

Só tem apanas duas semanas que já voltei da minha viagem dos Estados Unidos. Dei uma volta para resolver as questões sobre a nova fundação, Crianças Sonhadoras, o projeto em que finalmente coloquei em prática. Antes da minha primeira vinda para Coreia, eu deixei em andamento tudo, mas de qualquer jeito tive que voltar para dar os últimos finais toques.
Passei apenas dois meses por lá.

Quase que Nanah vinha comigo, mas ficou por lá, já que agora está namorando, ela quer aproveitar cada minuto que ainda tem com ele antes de sua viagem para a Europa com os avós.

****

Coloco o meu vestido florido com rosas vermelhas, uma tiara princesa cor branca, e o meu tênis branco também. Fico feliz em ir tênis no lugar de salto, o ambiente em que irei com certeza não posso estar com algo bastante delicado.

Alguém bate na porta, aproximo-me e guri a maçaneta.

- Que tal?

- Tá linda tia Beny - Beny é o meu mais recente apelido, por causa da pronúncia de uma das crianças que não consegue colocar o R, porque apenas só tem 4 anos.

- Vamos logo Jae, vou chegar atrasada!

Todo esse tempo em que o seu irmão esteve fora e está, Jaewon foi a minha companhia, viajou comigo para ter contato com as outras crianças, me apoiou, enxugou as minhas lágrimas quando chorei de saudades pelo Haewon em noites estreladas.

Chego na igreja no horário combinado.
As crianças estão todas animadas com os outros tios que conversam com elas.

Agora é hora da palavra, oro mentalmente enquanto subo, oro junto com as crianças agradecendo por mais um dia de vida. Conto duas histórias, a de Davi e Golias e a de Moisés, começo a andar para Ka e para cá enquanto conte a última história, a de José que esperou com paciência os planos do Senhor.

Meu cadarço se desamarra, penso em amarrar, mas eu estragaria o momento fazendo isso. Vou ter que esperar só um pouquinho.

Olho para os rostos felizes que ouvem com atenção, meu coreano ficou muito bom durante esses um ano e oito meses.

A uma movimentação em meio as crianças, mas tiro o foco para continuar a história. Fico na ponta do púlpito, e seguro com animação o microfone.

- Repita comigo, tudo é no tempo de Deus.

Elas repetem e o meu coração se aquece.
Mas acabo levando um susto.

Algo toca no meu pé, olho rapidamente assustada e meus olhos se enchem de água. Elas ameaçam a cair, mas eu as asseguro.
Ele amarra o meu cadarço gentilmente e sorri.

Quando o culto termina saio lá para fora com a esperança no rosto para encontrar ele, e confirmar que não dói algo da minha imaginação.

Alguém grita o meu nome e giro tão rápido que sinto uma leve tontura.

ELE ESTÁ ALI!

Sinto o meu estômago fazer um barulhinho, sinto tudo de novo, são as batidas das asas das minhas borboletas.
Seu cabelo é um pouco mais alto, mas não grande. Sua expressão parece um pouco mais madura, uma versão um pouco mais velho de si mesmo, mas o doce olhar está igualzinho.
Seus lábios se curvam em um sorriso, abre os braços e então... EU CORRO.

A colisão dos nossos corpos se abraçando é estranhamente bom, porque estamos juntos.

- Você está aqui - sussurro sem acreditar

- Eu te prometi a mim mesmo que não iria chorar... Mas rever você é uma benção divina!

- Senti tanta a sua falta!

- Eu também, meu amor

Um beijo acontece rapidamente.

- Eu estou vivendo um dorama...

- Qual deles?

- O meu dorama.

- O nosso dorama - ele corrige

- Sim - eu confirmo entre as lágrimas que caem.

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