Rosé

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Depois de algum tempo nas rodovias de Nova York, Namjoon cruza os portões do luxuoso condomínio e estou encantada

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Depois de algum tempo nas rodovias de Nova York, Namjoon cruza os portões do luxuoso condomínio e estou encantada. O lugar é


simplesmente magnífico. Sinto que verei uma celebridade a qualquer momento.

O veículo desliza pelas ruas e permaneço boquiaberta com a visão do lugar. São várias mansões modernas, com jardins belíssimos. O motorista nos leva até o final de uma rua e vira à direita, é quando eu a vejo.

A casa mais linda de todas. É uma mansão, porém com um ar mais acolhedor. Já na frente há um jardim cheio de orquídeas. Iguais de minha mãe.

A casa é toda branca, com janelas e portas azuis, coincidentemente, combinam com o vestido que uso. Jimin me dá a mão para descer, visto que continuo sentada e nem vi que abriu a porta. Simplesmente fascinada.

Há uma trilha de pedras brancas que direcionam para a porta principal, ornadas por uma grama verde, impecavelmente aparada. Estou atordoada, quando escuto um pigarreio.

- Gostou? - Jimin é quem pergunta, meio tímido. Nem pensei que ele poderia ficar dessa forma, visto toda sua autoridade.

- Sim, meu Deus é encantadora! Foi você que projetou? - Ele acena.

- Nossa! É perfeita, podemos entrar? - Pergunto e ele me fita com a sobrancelha arqueada.

- Vamos fazer algumas fotos lá dentro, o que acha?

- Minha ideia principal é essa. E sério, essa casa é simplesmente magnífica. - Suspiro. - Parabéns, acho que nunca sequer sonhei conhecer uma casa assim. Vejo em filmes, leio nos livros, só que esta é real. Consigo


imaginar uma bela família morando aqui, as crianças correndo. - Comento admirando e com a voz embargada pelo choro.

A certeza de que não terei uma família me atinge.

Quando pequena sonhava com tudo isso, casa, família, cachorro, gato. Depois que perdi meus pais e meus padrinhos, uma dor se instalou no meu peito. Acho que nunca será curada. Descartei todos os meus sonhos e projetei meus objetivos na solitude.

É preferível ser sozinha do que contaminar outro alguém com a desgraça que me acompanha. Uma lágrima quase escorre pela minha face, ao passo que caminho seguindo Jimin, que já está abrindo a porta.

A visão do interior da casa é sensacional. Ao entrar somos acolhidos por uma sala mobiliada com móveis antigos, um sofá cinza de frente para uma lareira, um tapete claro no chão amadeirado. Há plantas verdadeiras penduradas no canto, onde há uma janela enorme e uma poltrona abaixo dela, ao seu lado uma estante branca cheia de livros. Os detalhes da casa são todos brancos e azuis.

Depois da sala de estar caminhamos no corredor, que para um lado é a escada, que provavelmente dá acesso aos quartos. No outro lado tenho a vista de uma cozinha charmosa, com os armários verde água e puxadores cromados. Uma bancada central em mármore branco com pia e eletrodomésticos modernos. Tudo aqui flerta entre a modernidade e o estilo das casas antigas americanas. As variadas janelas que circulam o lugar, permitem uma luminosidade incrível.

- Chefe, você se importa de tirar o terno.

Respiro fundo e dou continuidade no trabalho. Com a lente consigo ver mais detalhes sobre o homem, que certamente ficaram gravados em minha mente. Jimin tem veias saltantes nos seus braços e pelo visto


malhou durante os anos que eu estava fora. Está mais forte do que lembrava.

Meus olhos descem pelo seu corpo e fica difícil não notar a calça preta que marca suas pernas torneadas, proporcionais para o seu corpo esguio. Estou presa contemplando as fotos que tirei, que quando ergo minha


cabeça cá está ele, a um passo de distância.

- Posso ver como ficaram? - Aceno e vou para o seu lado mostrar algumas das imagens.

Ele está tão próximo que o seu cheiro me atinge. Não resisto ao observá-lo, mesmo quando Jimin percebe e me fita de volta.


Nada é dito, apenas continuamos a nos encarar. Minhas pálpebras tremem, as mãos soam e a respiração ofega. Não sei como quebrar essa tensão que se instalou entre nós ou se quero fazer isso.

Sua mão coloca uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha. Seu olhar recai nos meus lábios e mordo o inferior para conter a pulsação que vem do meu centro. Jimin para na minha frente, curvando seu corpo para sussurrar rouco em meu ouvido.

- Me peça para recuar, Roseane. - Sua respiração me arrepia e eu deveria dizer para ele fazer isso. Deveria pedir que se distancie e continue me tratando com sua frieza, porque só assim meu corpo e minha mente vão parar de clamar por ele. No entanto, não é isso que meu coração quer. Por isso respondo.

- Não! - Encaro seus olhos ao declarar. - Não vou e nem quero que você recue. Não quero que se distancie e nem que me trate com indiferença. Não é isso que eu quero. - Digo tomada pela impulsividade que tenho,


todavia se não me abrir hoje, me arrependerei amanhã. E isso eu não admito.

- Então me fala o que você quer. - Pede com as mãos agarrando minha cintura, a voz grave me deixando cada vez mais excitada.

Desesperada para que ele me toque.

- Você. Eu quero você, Jimin! - Confesso e o loiro não reage, está paralisado escrutinando minha face. Até que seu corpo pressiona o meu, nos movendo para trás. Fico encurralada entre ele e a bancada.

- Roseane. - A maneira como meu nome resvala em seus lábios, com pura luxúria, é tentadora. - Eu também quero você. - O tom rouco de sua voz me faz ofegar.

Era tudo que eu ansiava ouvir dele nas últimas semanas. Nossos corações batem ritmados e o tempo parece parar quando ele


sela nossos lábios. O beijo inicia calmo, mas logo nossas línguas entrelaçam e sua mão suspende meu corpo para cima da bancada. Jimin se coloca entre minhas pernas, sua mão na minha nuca, me prendendo a ele, contudo não pretendo fugir.

Se pudesse ficaria presa nesse beijo, nessa tarde para sempre.

Almas Gêmeas - JIROSEOnde histórias criam vida. Descubra agora