_Ângela_
Que merda.
Estou com ódio de mim mesma.
Depois que eu saí da balada que nem doida, o peso da consciência bateu tão grande que eu cheguei a suspirar por dois minutos.
Eu não deveria ter ficado com aquela garota, ela é mais nova demais para mim, não tem nada a ver com o sexo dela, ela só é mais nova.
O tanto de julgamentos e críticas que eu vou escutar de graça sem fazer nada é uma coisa surreal. Mas, tirando esse pequeno detalhe, ela é linda. O corpo, o beijo, as mãos e a voz, parecem que foram feitas para mim. Tudo se encaixa.
Eu não consigo tirar ela da minha mente, seus olhos, seu sorriso e principalmente seu beijo e pegada.
Não sinto esse sentimento há anos, e isso é novo para mim, mas eu não posso viver ele. Terei muitos problemas no futuro e eu não estou preparada para isso.
Quando cheguei em casa, tratei de esquecer isso, ou pelo menos tentei esquecer enquanto tomava banho.
Manu me ligou avisando que iria dormir na casa de uma pessoa, antes mesmo de eu sair da balada. Então vim para casa sem me preocupar com ela.
Mas aquela garota...
Suspiro mais uma vez vestindo minha camisola de cetim rosa bebê curto, sem nada por baixo.
Deito na cama depois de desligar a luz e fico olhando pro teto do meu quarto escuro, pensando que depois de hoje, não vou ver ela mais, a garota da balada.
Isso conforta boa parte da minha mente, mas a outra parte me tortura a cada segundo, meu corpo quer ela.
Eu preciso dela.
Mas eu apenas respiro fundo, vendo que agora a vida segue e eu continuo sendo uma mulher solteira e independente.
Mas aqueles olhos insistem em ficar na minha mente.
D
ia seguinte
Acordo quando o alarme do meu celular toca, indicando 8 da manhã. Antes de desligar ele, eu me levanto da cama e espreguiço o meu corpo descansado e um pouco fraco por falta de comida.
Suspiro amarrando meu cabelo em um coque no alto da cabeça e vou para o banheiro. Me olho no espelho vendo que meu rosto está abatido e um pouco amassado.
Tomo um banho morno com todo calma possível, relaxando meu corpo tenso. Quando saio do banheiro, visto uma calça jeans justa preta, uma camisa de lã soltinha branca, fico descalço mesmo e vou pra cozinha ver o que tem para mim tomar de café da manhã.
Vamos começar o dia com um café preto bem quente e depois, cuidar de mim como sempre fazia.
(...)
Suspiro depois de levantar a cabeça para ver as horas no relógio do meu braço, volto a olhar para a minhas unhas do pé pintadas de vermelho escuro e a da mão também.
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𝐃𝐨𝐦𝐢𝐧𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐌𝐢𝐧𝐡𝐚 𝐏𝐫𝐨𝐟𝐞𝐬𝐬𝐨𝐫𝐚
General FictionAqui vou contar para vocês a história um pouco excitante de duas mulheres, tendo dois lados da história para observar, duas vidas, dois lados opostos. De um lado, temos nossa rigorosa, estressada, fechada, sedutora Ângela Miller, sendo uma professor...