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A madrugada estava fria, o céu encoberto por nuvens escuras

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A madrugada estava fria, o céu encoberto por nuvens escuras. Tyler estava sentado no banco do motorista, apertando o volante com tanta força que seus nós dos dedos estavam brancos. Flávia, Jade, Julia e Lorrane estavam no carro com ele, o silêncio pesado, enquanto seguiam para o local indicado por Flávia. Rebeca havia ficado em casa com Sophia, protegida, longe da confusão que estava prestes a acontecer.

— Você está bem? — Flávia perguntou, quebrando o silêncio enquanto olhava para Tyler.

— Não — ele respondeu seco, seus olhos fixos na estrada à frente.

Todos no carro sabiam o que estava por vir, mas ninguém ousava falar em voz alta. A raiva de Tyler era palpável, e todos compreendiam o motivo. Eles estavam indo atrás de Cleiton, o homem que havia causado tanto sofrimento, não apenas a Tyler, mas a toda a sua família.

Quando chegaram à casa, Flávia apontou para um lugar afastado, onde estacionaram. Tyler desceu do carro sem dizer uma palavra, seu corpo tenso, a raiva crescendo a cada passo. As meninas seguiram as instruções de Tyler, ficando nas sombras, observando de longe.

Tyler, por outro lado, ficou ali, na escuridão, esperando. O soco inglês já estava firme em sua mão direita, sua mente focada no que viria a seguir.

— Ele está vindo, — Flávia sussurrou depois de algumas horas, sua voz um sinal para que todos se preparassem.

Tyler respirou fundo, preparando-se mentalmente. Quando Cleiton apareceu na rua, caminhando casualmente, sem suspeitar de nada, Tyler avançou. O primeiro soco foi devastador, pegando Cleiton de surpresa e o derrubando no chão com força. A aparência musculosa de Cleiton era uma fachada; os anabolizantes não lhe davam a verdadeira força que ele tentava exibir.

Tyler, apesar de sua constituição menos impressionante, tinha algo que Cleiton não tinha: fúria pura e determinada. Ele pegou o celular do homem caído e o jogou para as meninas.

— Tem senha, — Jade avisou, analisando o aparelho.

Tyler deu outro soco brutal no rosto de Cleiton, a fúria crescendo a cada segundo. — Qual é a senha? — ele exigiu, sua voz baixa e cheia de ameaça.

Cleiton, atordoado e com o rosto já sangrando, murmurou: — 08/05/1999… a data de nascimento da Rebeca.

A menção do nome de Rebeca apenas aumentou a raiva de Tyler. Ele desferiu mais socos no rosto de Cleiton, que agora mal conseguia se defender. Em um movimento desesperado, Cleiton tentou atingir Tyler, acertando-o no rosto e fazendo o moreno agarrar sua camisa.

Cleiton, com sangue escorrendo pelo nariz e boca, começou a falar entre risos amargos: — Você… você é uma piada. Não passa de um gayzinho enrustido!

Tyler apenas revirou os olhos. — Eu não sou gay, e mesmo que fosse, você acha que isso me incomoda? — Ele se abaixou, encarando Cleiton de perto. — Quem mandou esse vídeo pra você?

Cleiton cuspiu sangue, mas a resposta saiu entre risadas fracas: — Sunisa Lee.

Tyler já sabia disso, mas ouvir o nome saindo da boca de Cleiton o encheu de uma raiva ainda mais profunda. Ele queria fazer Cleiton pagar por tudo. Mas foi interrompido quando as meninas chamaram sua atenção.

— Tyler, já apagamos o vídeo de tudo — Julia disse, olhando para o celular de Cleiton. — Mas tem mais. Você não vai acreditar no que achamos aqui…

— O quê? — Tyler perguntou, com a voz ainda cheia de raiva.

— Fotos da Rebeca nua, fotos da Sophia… — Lorrane revelou, com o rosto pálido de choque.

O sangue de Tyler ferveu ainda mais. Sem pensar, ele começou a socar Cleiton novamente, sem piedade. — Você… tirou… fotos… da minha filha?! — Cada palavra era pontuada por um golpe brutal.

Cleiton gemia de dor, tentando se defender. — Você roubou a Rebeca de mim! Ela era minha!

Tyler parou por um momento, rindo com desdém. — Rebeca te odiava. Ela me ama. Sempre me amou.

Lorrane se aproximou, colocando a mão no ombro de Tyler. — Tyler, já chega. Já está bom. Ele já aprendeu.

Tyler hesitou por um momento, ainda olhando para Cleiton com puro ódio. Então, inclinou-se e sussurrou ameaçadoramente: — Se você chegar perto da minha família de novo, eu te mato. Não me importa o que aconteça.

Julia quebrou o celular de Cleiton com um golpe firme, certificando-se de que todas as fotos e vídeos estavam apagados para sempre. O grupo voltou para o carro em silêncio, todos sentindo o peso do que acabara de acontecer. Tyler, agora sem o soco inglês, olhou para suas mãos cobertas de sangue, seu nariz também sangrando do golpe que havia recebido.

Quando chegaram ao apartamento de Rebeca, Tyler abriu a porta e foi imediatamente recebido por ela. Rebeca estava sentada no sofá, esperando por eles, com Sophia dormindo no quarto ao lado. Assim que viu o estado de Tyler, ela correu até ele, abraçando-o com força.

— Tyler, o que aconteceu com você? — Rebeca perguntou, olhando para suas mãos ensanguentadas.

Jade foi rápida em responder: — Não é o sangue dele, Rebeca. Não se preocupe.

Lorrane, ainda abalada, mencionou: — Encontramos fotos e vídeos. Cleiton tinha fotos da Rebeca e… de Sophia.

Tyler, ainda cheio de raiva, olhou para Rebeca. — Ele não vai mais mexer com a nossa família. Eu prometo.

Rebeca segurou o rosto de Tyler com cuidado, agradecendo com um beijo suave. — Obrigada, Tyler. Mas agora… vai tomar um banho. Você precisa descansar.

Tyler assentiu, exausto, sabendo que havia mais coisas para resolver. Mas, por enquanto, deixaria Simone lidar com Sunisa. Ele tinha feito o que precisava para proteger sua família.

 Ele tinha feito o que precisava para proteger sua família

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ꜰʀᴀɢᴍᴇɴᴛᴏꜱ ᴅᴇ ᴜᴍᴀ ɴᴏɪᴛᴇ | Rebeca Andrade Onde histórias criam vida. Descubra agora