Capítulo 2

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Revelações e Consequências.

A noite havia sido agitada para Thomas Grimaldi. No escritório elegante de seu penthouse em Mônaco, ele revisava documentos importantes, sua mente distraída pelos eventos recentes. Seu celular vibrou na mesa, interrompendo seu foco. Era uma mensagem do hospital informando que seu filho Charles havia sofrido um acidente e estava recebendo atendimento de emergência.

Thomas não perdeu tempo. Imediatamente, ele se dirigiu ao hospital, o rosto sério e determinado. Ao chegar, encontrou Charles em uma sala de recuperação, cercado por médicos e enfermeiros. O jovem estava com uma aparência abatida, mas a presença de seu pai trouxe um alívio visível ao seu semblante.

— Pai — disse Charles, com um tom que misturava alívio e cansaço. — A senhora Angel Martin foi quem me ajudou. Ela... estava lá quando eu precisei.

Thomas ergueu uma sobrancelha, o nome de Angel soando familiar. Antes que pudesse questionar mais, uma das enfermeiras entrou na sala com um relatório.

— Senhor Grimaldi, sua esposa já está a caminho — anunciou ela. — No entanto, há uma jovem chamada Angel Martin que gostaria de falar com você. Ela está na recepção.

A menção do nome despertou a curiosidade de Thomas. Ele sabia que Angel era uma parte da família, mas não imaginava que sua sobrinha estivesse envolvida na situação de seu filho. Após certificar-se de que Charles estava bem cuidado, Thomas se dirigiu à recepção, encontrando Angel lá, sentada e nervosa, esperando para falar com ele.

— Angel — começou Thomas, com uma expressão que misturava gratidão e apreensão. — Sou Thomas Grimaldi, pai de Charles. Ouvi dizer que você ajudou meu filho esta noite.

Angel se levantou, seu rosto mostrando uma mistura de alívio e nervosismo ao encontrar o olhar severo do mafioso.

— Sim, senhor Grimaldi. Eu o encontrei machucado e o ajudei até que a ambulância chegasse — respondeu ela, tentando manter a calma.

Thomas a observou por um momento, avaliando a jovem que, de repente, se tornara uma figura crucial em sua vida. Havia algo em sua expressão que revelava uma sinceridade que ele não podia ignorar.

— Agradeço por tudo o que fez por Charles — disse ele, sua voz mais suave do que o habitual. — Isso mostra que você tem um coração grande, e eu respeito isso. No entanto, gostaria de saber mais sobre você e suas intenções. Não é todo dia que minha família é ajudada por alguém fora de nosso círculo habitual.

Angel, consciente da gravidade da situação, tentou explicar sua simplicidade e intenções.

— Sou apenas uma jovem comum. Não tenho intenções ocultas. Apenas achei que era o certo ajudar.

Thomas a observou com atenção, avaliando suas palavras. Ele sabia que, embora sua atitude pudesse parecer um pouco intimidante, era também uma forma de proteger a sua família.

— Entendo — respondeu ele. — Espero que você não se sinta desconfortável com isso. Estou apenas garantindo que Charles esteja em boas mãos, não apenas com relação à sua recuperação física, mas também ao tipo de pessoa com quem ele está se envolvendo.

Angel sorriu suavemente, sentindo um misto de alívio e nervosismo.

— Eu compreendo, senhor Grimaldi. E, por favor, se precisar de qualquer coisa, estou aqui para ajudar.

Thomas acenou com um gesto de agradecimento antes de se afastar, pensando em como essa jovem simples poderia se encaixar em seu mundo complicado. Enquanto isso, Angel se retirou, deixando o hospital com a sensação de que seu encontro com Charles estava apenas começando a se desdobrar em formas que ela ainda não compreendia totalmente.

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