Capítulo 25

5 2 0
                                    

A Dor e o Desespero.

A noite na mansão estava envolta em uma calmaria incomum após a tensão dos últimos dias. Angel estava em seu quarto, tentando relaxar depois dos eventos que tinham mexido tanto com suas emoções. Vestida com um confortável robe de seda e acompanhada apenas de seus pensamentos, ela estava ansiosa para um momento de paz ao lado de Charles, que havia saído para resolver alguns assuntos.

O que deveria ter sido uma noite tranquila se transformou em um pesadelo quando Angel começou a sentir uma dor intensa e aguda no abdômen. A dor era acompanhada por um sangramento inesperado, e a intensidade das contrações a fez sentir-se imediatamente assustada e vulnerável.

O episódio havia sido desencadeado pelo confronto recente com Esmeralda. As palavras e a atitude de Esmeralda haviam mexido com os nervos de Angel de maneira mais profunda do que ela gostaria de admitir. A frustração e a raiva acumuladas estavam se manifestando fisicamente de uma forma alarmante.

Angel, tentando manter a calma, se levantou lentamente, mas a dor era tão forte que ela mal conseguia se mover. Sentindo-se fraca e com dificuldade para respirar, ela tentou pegar o telefone para chamar ajuda, mas as mãos tremiam e a visão começava a escurecer.

Enquanto isso, Esmeralda, que estava na mansão para tentar resolver as tensões anteriores, havia encontrado uma oportunidade para se desculpar. Sua intenção era sincera, mas o desejo de fazer as pazes era repentinamente substituído por uma sensação de desesperado arrependimento quando ela ouviu os gritos de dor de Angel.

Ao perceber o que estava acontecendo, Esmeralda entrou correndo no quarto de Angel, o rosto pálido e os olhos arregalados de choque. — Angel, o que aconteceu? — perguntou ela, a voz tremendo de preocupação.

Angel, com lágrimas nos olhos e a expressão de dor, tentou responder, mas a fraqueza a impediu. — Sinto uma dor terrível, e estou sangrando. Eu... eu preciso de ajuda.

Esmeralda, vendo a gravidade da situação, imediatamente entrou em modo de emergência. Sem hesitar, ela usou o telefone de Angel para ligar para a ambulância, suas mãos ainda tremendo de pânico. O desespero em sua voz era palpável enquanto ela tentava fornecer as informações necessárias à operadora.

— É uma emergência! — Esmeralda gritou ao telefone. — Minha amiga está com dor intensa e sangrando. Por favor, enviem uma ambulância imediatamente!

Enquanto aguardava a chegada da ambulância, Esmeralda tentava confortar Angel, embora sua própria ansiedade estivesse visivelmente à flor da pele. Ela segurou a mão de Angel, sua voz tremendo enquanto tentava oferecer palavras de encorajamento. — Angel, fique calma. A ajuda está a caminho. Você vai ficar bem, eu prometo.

O som das sirenes se aproximando da mansão foi um alívio temporário, e os paramédicos chegaram rapidamente para prestar assistência. Eles entraram no quarto com uma eficiência tranquila, começando a avaliar a condição de Angel e preparando-a para a transferência para o hospital.

Charles, que estava fora resolvendo um assunto urgente, recebeu uma ligação apressada de um dos seguranças da mansão, informando-o sobre a situação crítica de Angel. Seu coração disparou ao ouvir a notícia, e ele imediatamente se dirigiu para o local.

Quando Charles chegou ao quarto, ele encontrou a cena de Esmeralda e os paramédicos tentando lidar com a situação. A expressão de preocupação em seu rosto era evidente enquanto ele se aproximava de Angel.

— Angel, meu amor, o que aconteceu? — perguntou Charles, sua voz carregada de angústia e desespero.

Angel, com dificuldade, olhou para Charles, seu rosto pálido e os olhos cheios de dor e medo. — Charles... eu estou com dor e sangrando. Achei que não ia conseguir.

Charles se agachou ao lado dela, segurando sua mão com força. Seus olhos estavam cheios de preocupação e amor, e ele não conseguia desviar o olhar dela. — Não se preocupe, estou aqui com você. Vamos passar por isso juntos.

A equipe médica finalmente estabilizou Angel e a preparou para ser transportada para o hospital. Charles acompanhou a ambulância, sua mente tumultuada com pensamentos de medo e esperança.

Enquanto a ambulância partia, Esmeralda ficou sozinha na mansão, o rosto pálido e os olhos cheios de lágrimas. O desespero e o arrependimento por ter contribuído para a situação pesavam sobre ela, e ela se sentia profundamente culpada pelo sofrimento de Angel.

Entre Sonhos e Realidade!Onde histórias criam vida. Descubra agora