ESPELHO DA TENTAÇÃO

122 20 3
                                    


Tay terminava de se vestir, como se estivesse se preparando para um desfile. O semi terno era exatamente o que ele esperava: provocante, mas com classe. Aberto nas costas, ele deixava a pele exposta de forma estratégica, enquanto na frente, o colo livre revelava o pescoço emoldurado de forma sedutora. A calça, folgada nas pernas mas justa na cintura e quadris, era feita para destacar, sem deixar dúvidas, as partes mais interessantes de Tay.

N/A utilizei esses modelos pra fazer a imaginação da roupa de Tay. A do James e do PP.

 A do James e do PP

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Com a maquiagem neutra, seus olhos marcados eram o destaque do rosto

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Com a maquiagem neutra, seus olhos marcados eram o destaque do rosto. Brincos nas orelhas e anéis nos dedos davam um toque de elegância ao visual. Ele se olhava no espelho, satisfeito. Tudo estava quase pronto, faltava apenas abotoar o semi terno e colocar o colar.

Batidas na porta interromperam seu momento. Sem nem se incomodar em olhar, ele disse para entrar. Mas assim que viu quem entrou, quase deu um salto de susto - embora o outro parecesse ainda mais apavorado.

- Perdão, perdão! - Macau gaguejou, tentando cobrir os olhos como se tivesse visto algo proibido.

No meio da agitação, o semi terno de Tay escorregou dos seus ombros, deixando seu peito completamente exposto.

- Para com isso! - Tay riu, achando graça da situação. - Abra os olhos.

Macau, ainda envergonhado, obedeceu, mas o que viu o deixou sem palavras. O corpo de Tay parecia esculpido em mármore, os músculos definidos e a pele macia sob a luz do quarto. Cada detalhe parecia perfeito demais para ser real, e Macau não conseguia evitar a sensação de calor que subia por seu rosto, nem o nó que se formava em sua garganta.

- Eu... eu conheço você... O que faz aqui? - Tay perguntou, com um sorriso de canto, percebendo o desconforto evidente nos olhos de Macau.

- Venice... ele pediu pra eu vir aqui...

- O quarto dele é do outro lado.

- Eu... Eu... me desculpa. - Macau gaguejou, claramente sem saber onde colocar as mãos ou para onde olhar.

Quando Macau se virou para sair, Tay, com um ar malicioso, o chamou de volta.

- Fique. Agora você vai ter que me ajudar a abotoar isso aqui. Foi um sacrifício conseguir fazer sozinho.

Macau respirou fundo e se aproximou lentamente. Ele começou a abotoar o semi terno de Tay, mas cada botão que fechava parecia um desafio, como se tocar aquele tecido fosse algo muito mais íntimo do que deveria ser. Ele sentia os dedos roçando na pele quente de Tay a cada movimento, e por mais que tentasse manter o foco, o calor que subia por seu corpo era inegável.

Quando chegou ao colar, Macau hesitou. Colocá-lo no pescoço de Tay significava estar ainda mais próximo, sentir de perto o perfume suave que vinha da pele dele. Seus dedos tremiam levemente enquanto o colar se ajustava no lugar. Ao terminar, os dois se encararam pelo reflexo no espelho, e a tensão no ar era palpável.

- Você sempre colocando algo no meu pescoço, né? - Tay provocou, com um sorriso que deixava tudo bem claro.

- Se você quiser, posso colocar em outro lugar também. - Macau respondeu, tentando recuperar o controle da situação.

Agora, estavam tão perto que Macau podia sentir a respiração de Tay. Os lábios de ambos estavam perigosamente próximos, como se uma linha invisível estivesse prestes a ser cruzada.

- Eu quero... - Tay murmurou, sem desviar o olhar, com uma voz que parecia mais um desafio do que um pedido.

Macau começou a inclinar-se, seus olhos fixos nos de Tay, os lábios a um centímetro de distância. Mas antes que pudesse encostar, Tay se afastou com um sorriso satisfeito.

- A sandália. - Tay disse, casualmente, como se a tensão entre eles não tivesse existido. - Coloque pra mim.

Macau, quase incrédulo, se abaixou para calçar a sandália de Tay. Tocar nos pés dele foi ainda mais estranho do que abotoar o semi terno. Havia algo desconcertante em sentir a suavidade da pele de Tay de uma forma tão íntima, mesmo que fosse apenas nos pés. Cada movimento parecia lento, carregado de uma tensão que Macau não sabia como explicar. Ele colocou a sandália, ajustando-a com cuidado, e quando se levantou, sentiu-se um tanto desorientado.

- Mais alguma coisa, Madame? - perguntou Macau, tentando manter o tom leve. - Ou o flanelinha aqui precisa lhe servir de outra forma?

Tay cruzou os braços, olhando para ele de cima a baixo, um sorriso divertido brincando nos lábios.

- Por hoje está bom. Mas da próxima vez, não entre no meu quarto sem permissão.

- Você mandou eu entrar! - Macau protestou. - Eu ouvi claramente!

- Mandei meu sobrinho entrar, não você.

- Ele é meu sobrinho também, então baixa a bola quando for falar. - Macau retrucou, tentando se manter firme.

Tay o encarou novamente, deixando o olhar vagar descaradamente até parar em um ponto específico no corpo de Macau, o que o fez engolir em seco.

- Talvez numa outra ocasião... eu queira baixar. - Tay disse com um sorriso carregado de segundas intenções.

Macau, já sem ter como revidar, apenas acenou.

- Vou indo na frente. Queira me acompanhar- disse ele, apressado, antes que perdesse o controle completamente.

---

Depois Daquele Carnaval - Pete E VegasOnde histórias criam vida. Descubra agora