CAP 22

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BEATRIZ

Chegamos em casa, eu passei direto para o meu quarto e me joguei na cama. Não conseguia parar de pensar nos beijos do Calleri, de como eu me senti em tê-lo beijando meu pescoço.

Se ele não fosse tão insuportável, eu tinha transado com ele ali mesmo. O problema é que se eu tivesse feito isso, uma hora dessas ele estaria cantando vitória para os amigos.

E eu não sou do tipo de mulher que ele pega por aí.

Meu corpo queria muito, mas também, quem não ia querer aquele homem gostoso?!

Só que sabendo como essa raça chamada "jogador de futebol" é, melhor resistir as tentações.

– Deus, por que esse homem gostoso tinha que ser tão metido? – falo sozinha.

De repente, a porta do quarto se abriu e o César entrou igual a uma locomotiva desenfreada.

– Quero saber tudo que rolou no CT. – diz deitando do meu lado.

– Foi muito legal, revi algumas pessoas, ganhei declaração do meu pai... – falo.

– Eu quero saber é do Calleri. – ele diz.

– Ah, tava lá com a mãe. Meu pai nos apresentou, ele ficou chocado com a descoberta... – vou contando.

– Só isso? – César pergunta frustrado.

– Só. – minto.

– Não acredito. Me conta, vai, certeza que rolou alguma implicância entre vocês. – ele diz.

– Se eu te contar, você promete que não vai me zoar? – pergunto.

– Bia do céu, o que você aprontou? – ele pergunta chocado.

– Eu fui ao banheiro, e acabei entrando no banheiro dos homens. O Calleri entrou atrás de mim, a gente acabou se beijando. – começo.

– E? – ele diz.

– E o clima foi esquentando. – falo.

– Vocês transaram no banheiro do CT? – ele se levanta para perguntar.

– Não. Eu parei a tempo. Mas foi quase. – digo.

– Eu estou pretérita. – ele diz.

– Imagine eu. – digo.

– Você gostou, Bia?

– Gostei. Eu tirei a camisa dele, beijei o seu abdômen, depois lhe dei um beijo na boca. Mas foi nessa hora que eu saí. – explico.

– Por que, girl Ceni? – pergunta desiludido.

– Porque ele está acostumado a ter toda mulher que quiser, e eu não sou desse tipo. – falo.

– Ia ser um belo momento, mas eu entendo você. – ele diz.

– Eu fiquei com muita vontade, ele é muito gostoso. – confesso.

– Olha só, girl Ceni. – tira onda.

– Mas só beleza não me convence. Ele é metido, e eu tenho pavor de gente metida. – digo.

– Que pena! Mas quem sabe de uma outra vez. – meu amigo diz.

– Não vai ter outra vez, aquilo foi uma loucura. – falo.

– Não diga isso, vai que a vida coloca vocês dois juntos novamente. – ele diz.

– Vou pedir a Deus que não. – falo.

– Deixa de ser tão certinha, vai sentar nesse homem. Que mal tem isso? – ele fala.

– César, pra quê? Para depois ele ficar contando no CT?! Já pensou se meu pai descobre, o caos que vai ser. – argumento.

A FILHA DO TÉCNICO - Jonathan Calleri Onde histórias criam vida. Descubra agora