CAP 50 - final

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CALLERI

Acabamos dormindo no ateliê mesmo, na cama improvisada que o César montou.

Tem uma janela enorme e os raios de sol entraram, anunciando o início de mais um dia.

Acordei antes da Bia, ela estava dormindo tão quietinha, mas eu tinha de acordá-la.

- Mi amor, acorda. - a chamo, mas ela não tem nem reação.

Lhe dou um beijo no rosto e também não adianta de nada.

- Bia! Acorda, precisamos sair daqui. - falo.

Aos poucos ela vai despertando, percebendo o lugar que estamos.

- Não foi sonho, você está realmente aqui. - ela diz, tocando meu rosto.

- Estou, mi amor. - falo e lhe dou um beijo na testa.

- Que noite incrível, meu namorado. - ela diz, levantando-se.

- Eu fiz tudo pensando em você, mas estava com tanto medo de você não aceitar. - falo.

- Quem diria que na minha volta ao Brasil eu ia encontrar o amor da minha vida. - ela fala.

- O amor do que? - falo e ela ri envergonhada.

- O amor da minha vida. Eu te amo! - ela repete.

- Como é bom ouvir isso logo cedo. - lhe dou um beijo.

- JC, vou falar com meu pai hoje. - ela diz após o beijo.

- Tudo bem. Quer que eu vá com você? - pergunto.

- Sim. Mas eu entro, falo e depois você entra. - ela diz.

- Como você quiser. Espero que ele me aceite. - falo.

- Sossega um pouco. - ela diz

- Bia, seu pai é um exemplo para mim, eu não quero decepcioná-lo. - falo.

- Você não vai. Sossega! - ela fala.

- Vamos para minha casa tomar banho, a gente passa a manhã juntos, almoçamos juntos e depois vamos para sua casa. - eu sugiro.

- Vamos! - ela diz.

Vestimos o restante das roupas, pegamos todas as comidas para não deixar o ateliê sujo, ela pegou dois buquês e a gente desceu.

- Amei as flores, viu?! Vou guardar as pétalas em uma caixinha. - ela fala.

- São só as primeiras das muitas que eu vou te dar. - falo, lhe dando um beijo antes de entrarmos no carro.

Entramos no carro e fomos para o condomínio onde moro.

- JC, já imaginou que louco tudo isso que aconteceu com a gente?! - ela pergunta.

- Já e só posso acreditar que é destino mesmo. - respondo.

- Às vezes eu lembro de umas coisas que aconteceram e realmente, é destino. - ela fala.

- Até minha mãe gostou de você, a Tefi também. Ela já estava te chamando de cunhadinha. - digo.

- Você vai contar sobre a gente pra eles? - Bia pergunta.

- Claro, mi amor. - respondo.

- Sua família é muito legal, deu para perceber naquele dia no jantar. - ela fala.

Continuamos falando sobre a minha família, até chegar ao condomínio.

Assim que entramos, recebi uma mensagem do Galoppo. Esqueci completamente que ele ia vinha aqui para casa.

A FILHA DO TÉCNICO - Jonathan Calleri Onde histórias criam vida. Descubra agora