CAP 49

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CALLERI

Ela aceitou! Ela aceitou! Eu estou namorando. Da mesma forma que eu estava nervoso, agora estou aliviado.

Matamos a saudade que estávamos sentindo, sem o mínimo de pressa. Apenas curtindo o corpo e os carinhos, um do outro.

– Eu poderia viver para sempre nesse momento. – digo para ela, enquanto acaricio seu cabelo.

– Eu também viveria a minha vida toda desse jeito. – ela responde.

– Eu não vou te largar nunca mais, viu?! Não sei se você leu as letras pequenas do contrato, mas lá tem dizendo que é para vida toda. – eu falo.

– Não acredito que eu assinei um documento sem ler?! – ela fala, entrando na brincadeira.

– Pois é, e agora não tem volta. – digo.

– Da próxima vez eu leio. – ela fala rindo.

– Bia, preciso te contar uma coisa. – falo.

– Também tenho umas coisas para te contar. – ela diz.

– Quem começa? – falamos ao mesmo tempo.

– Começa, você. – dissemos ao mesmo tempo novamente.

– Eu vou começar. – digo.

– Tudo bem. – ela diz, se ajeitando para prestar atenção no que eu vou dizer.

– Bia, nesses dias em que estivemos afastados, eu comecei a pensar que você estava brincando comigo. Que tinha me dado ousadia para depois me dá o fora. Eu só não enlouqueci, porque o César estava me ajudando com a surpresa. Me apeguei a uma pequena faísca de esperança, de que, se ele estava me ajudando, era porque sabia que você também gosta de mim. – falo.

– Então foi por isso. – ela fala, me deixando confuso.

– Por isso, o que? – pergunto.

– Eu também pensei que você não estava conversando comigo porque tava com aquela tal Babi. Você ficou no celular naquele dia, e eu vi quando você mandou "depois conversamos, ela está aqui". – ela fala.

– Bia... – tento argumentar, mas ela pede para terminar.

– Achei que você estava com outra, ou com outras. E ainda vi fotos suas com o Galoppo em um shopping. – ela vai falando e eu vou ficando assustado com o que ela pensava de mim.

– Falei para o César que não queria mais te ver, que você era igual aos outros. E ele te defendeu, ficou insistindo que você não era igual aos outros. – ela fala e eu rio.

– Ele estava te defendendo porque sabia que você estava preparando essa surpresa. – ela diz.

– Ele sabia de tudo sim, e mais, me ajudou também. – digo.

– Eu pensei tantas besteiras, JC, enquanto você preparava essa surpresa linda para mim. – ela diz, fazendo um carinho no meu rosto.

– Bia, vamos prometer que a gente não vai deixar esses maus entendidos atrapalharem nossa relação. – eu falo.

– Sim. Sempre que a gente tiver dúvidas, vamos conversar, não vamos ficar pensando nessas besteiras. – falo.

– Me perdoa por pensar que você estava brincando comigo?! – pergunto.

– Claro. Me perdoa também por pensar e dizer coisas ruins de você, por achar que você estava com aquela lá?! – ela pergunta.

– Perdoo, ciumenta. – falo.

– Não quero você com amizade com ela, nem contato, nada. E se o Galoppo continuar insistindo, eu vou falar com ele. – ela diz bem séria.

– Fica tranquila. Já falei com o Giuliano que não quero nada com ela. Nada mesmo. – falo.

A FILHA DO TÉCNICO - Jonathan Calleri Onde histórias criam vida. Descubra agora