CAP 42

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CALLERI

Acordei para mais um dia de treino antes do início do reinício da temporada.

Decidi tomar café da manhã no CT, pois estava com preguiça de fazer qualquer coisa em casa.

Tomei banho, vesti a roupa de treino, peguei minha mochila e desci.

Peguei a chave do carro que fica em cima da mesinha da sala e fui até a garagem.

Saí mais cedo de casa, ia chegar com folga e a tempo de tomar café da manhã tranquilamente.

Minha cabeça estava pensando em passar o dia de amanhã com a Bia, ou, ao menos, parte dele.

Dirigi até o CT e assim que cheguei, mandei mensagem para o César pedindo a ajuda dele para fazer uma surpresa para ela.

“Oi, César. Tudo bem? Preciso de sua ajuda. Vou pedir a Bia em namoro e queria fazer uma surpresa. Pensei em pedir no ateliê dela, ela ficou me levar lá, mas não sei que dia isso vai acontecer. Se você puder fazer com que ela vá até lá, me ajudaria muito.” – mandei.

Como era relativamente cedo, ele devia estar dormindo, então provavelmente só responderia mais tarde.

Amanhã, quando a Bia for lá pra casa, preciso dá um jeito de pegar algum anel dela para ver o tamanho e poder levar na joalheria.

Preciso pensar em algo para fazer com que ela tire do dedo, sem demonstrar a intenção real por trás disso.

Fui para o refeitório tomar café e nenhum jogador tinha chegado, também não tinha visto o técnico, que sempre chega cedo.

Me servi e sentei para comer. Enquanto comia, recebi a resposta do amigo da Bia.

“Não acredito! Vai matar a minha amiga do coração.” – dizia a primeira mensagem.

“Claro que eu ajudo. Você me diz o dia, eu te entrego a chave de lá, você organiza tudo e depois eu dou um jeitinho dela ir até lá.” – ele mandou em seguida.

“Vou ver o calendário dos jogos, porque eu preciso de um tempinho para comprar um anel para ela, ainda tenho que "roubar" um anel e levar para comprar do tamanho certo.” – respondo.

“Se quiser, eu te ajudo a comprar. Eu sei o tamanho, não precisa "roubar" não.” – ele respondeu.

“Ótimo. Então a gente marca um dia. Muito obrigado, César.” – respondo em seguida.

“Veja e me avise. Minha amiga vai amar a surpresa. Arrasou boy Calleri.” – ele mandou e eu ri.

O César tem um humor incrível pelo jeito. Quero muito que a gente se dê bem, porque a Bia o ama muito.

“Pode deixar, aviso sim.” – respondi pela última vez.

A conversa com o César foi tão descontraída que eu nem percebi que meus companheiros já tinham chegado. De repente o refeitório estava cheio.

O professor também estava tomando café, e eu percebi que toda hora ele olhava o relógio, com certeza era calculando o tempo para não começarmos atrasados o treino.

Levantei e fui colocar meu prato no lugar dos pratos sujos, depois, peguei algumas bananas para comer durante a manhã e as coloquei na minha mochila.

– Vamos, pessoal. – ele chama.

Aos poucos, todos os jogadores foram levantando e indo em direção ao campo.

– Bom dia, professor. – falo ao encontrar o técnico.

– Bom dia, Calleri. Tudo bem? – ele respondeu.

– Tudo bem sim. – respondo.

Ele nem sabe que futuramente será meu sogro. Só espero que ele aprove nossa relação, e que não me deixe no banco por eu ter me envolvido com a filha dele.

A FILHA DO TÉCNICO - Jonathan Calleri Onde histórias criam vida. Descubra agora