CAP 35

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BEATRIZ

Calleri tinha saído do quarto, eu dormi no meio filme, provavelmente, sou mestre nessa arte.

Depois de alguns minutos, ele voltou e deitou do meu lado, tinha acabado de tomar banho. Percebi isso porque ele estava molhado e muito cheiroso.

Me aproximei dele e nós dormimos abraçados. Ele tem sido tão carinhoso comigo, tão atencioso.

Eu o julguei tão mal, pensei barbaridades dele, e no fim estava completamente errada.

Acordei com beijos no pescoço e isso é uma das maiores covardias que o ser humano pode fazer com outro.

– Covardia, JC. – falo quase sussurrando.

– Bom dia, Bia. – ele diz ignorando totalmente o que eu disse.

– Bom dia, jogador. – respondo.

– Que tentação acordar com você do meu lado, beijando seu pescoço. – ele fala.

– Você é tentador demais. – digo e ele começa a beijar minha boca.

– Calleri... – o repreendo.

– Não quer? – ele pergunta.

– Hoje não, estou com uma baita dor de cabeça. – falo.

– Vou buscar um remédio pra você, viu?! – ele responde e eu concordo.

– Aqui! – me entrega o remédio e eu tomo.

– Gracias, Calleri. – digo.

– Posso te pedir uma coisa? – ele pergunta.

– Pode. – respondo.

– Não me chama de Calleri, me chama de Jonathan. – ele e eu rio.

– Chamo, Jonathan. – respondo e ele vem me dá um selinho.

– Quer ir ao pronto-socorro? – ele pergunta.

– É só uma dor de cabeça, vai passar logo. – digo fazendo um carinho no rosto dele.

– Vou descer para preparar nosso café da manhã. – ele fala.

– Não precisa se preocupar comigo, não quero que você chegue atrasado no trabalho. – falo.

–  Se eu pudesse, passaria o dia todo deitado com você, mas... – JC fala.

– Não quero que o pai de uma certa pessoa brigue com você. – digo lhe dando vários selinhos.

– Eu não vou chegar atrasado e o pai de uma certa pessoa me adora, não vai brigar comigo. Ainda mais, se eu disser que estava com a filha dele. – ele diz todo convencido.

– Bobo! Não vou discutir com você. – falo.

– Toma seu banho, e não esquece de mandar foto dos produtos que você usa, quando eu voltar do CT eu vou no shopping e compro. – ele insiste na história.

– Não precisa fazer isso, já te disse. – respondo.

– Claro que precisa, Bia. Agora mesmo você vai usar as minhas coisas e eu quero o seu cheiro. – ele fala.

– Ah! Então você está pensando nisso, né?! – digo rindo.

– Também. – ele responde.

– Você é teimoso. – digo.

– Vou preparar o café, te espero lá embaixo. – muda o assunto.

Ele saiu e eu fui para o banheiro, tomei banho quente e depois vesti a roupa que eu tinha vindo.

A FILHA DO TÉCNICO - Jonathan Calleri Onde histórias criam vida. Descubra agora