BEATRIZ
Calleri tinha saído do quarto, eu dormi no meio filme, provavelmente, sou mestre nessa arte.
Depois de alguns minutos, ele voltou e deitou do meu lado, tinha acabado de tomar banho. Percebi isso porque ele estava molhado e muito cheiroso.
Me aproximei dele e nós dormimos abraçados. Ele tem sido tão carinhoso comigo, tão atencioso.
Eu o julguei tão mal, pensei barbaridades dele, e no fim estava completamente errada.
Acordei com beijos no pescoço e isso é uma das maiores covardias que o ser humano pode fazer com outro.
– Covardia, JC. – falo quase sussurrando.
– Bom dia, Bia. – ele diz ignorando totalmente o que eu disse.
– Bom dia, jogador. – respondo.
– Que tentação acordar com você do meu lado, beijando seu pescoço. – ele fala.
– Você é tentador demais. – digo e ele começa a beijar minha boca.
– Calleri... – o repreendo.
– Não quer? – ele pergunta.
– Hoje não, estou com uma baita dor de cabeça. – falo.
– Vou buscar um remédio pra você, viu?! – ele responde e eu concordo.
– Aqui! – me entrega o remédio e eu tomo.
– Gracias, Calleri. – digo.
– Posso te pedir uma coisa? – ele pergunta.
– Pode. – respondo.
– Não me chama de Calleri, me chama de Jonathan. – ele e eu rio.
– Chamo, Jonathan. – respondo e ele vem me dá um selinho.
– Quer ir ao pronto-socorro? – ele pergunta.
– É só uma dor de cabeça, vai passar logo. – digo fazendo um carinho no rosto dele.
– Vou descer para preparar nosso café da manhã. – ele fala.
– Não precisa se preocupar comigo, não quero que você chegue atrasado no trabalho. – falo.
– Se eu pudesse, passaria o dia todo deitado com você, mas... – JC fala.
– Não quero que o pai de uma certa pessoa brigue com você. – digo lhe dando vários selinhos.
– Eu não vou chegar atrasado e o pai de uma certa pessoa me adora, não vai brigar comigo. Ainda mais, se eu disser que estava com a filha dele. – ele diz todo convencido.
– Bobo! Não vou discutir com você. – falo.
– Toma seu banho, e não esquece de mandar foto dos produtos que você usa, quando eu voltar do CT eu vou no shopping e compro. – ele insiste na história.
– Não precisa fazer isso, já te disse. – respondo.
– Claro que precisa, Bia. Agora mesmo você vai usar as minhas coisas e eu quero o seu cheiro. – ele fala.
– Ah! Então você está pensando nisso, né?! – digo rindo.
– Também. – ele responde.
– Você é teimoso. – digo.
– Vou preparar o café, te espero lá embaixo. – muda o assunto.
Ele saiu e eu fui para o banheiro, tomei banho quente e depois vesti a roupa que eu tinha vindo.
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A FILHA DO TÉCNICO - Jonathan Calleri
FanfictionChegando de surpresa em São Paulo para passar uma temporada com o pai, Beatriz Gouveia não imaginava que uma simples ida ao trabalho dele, ia lhe causar tanta raiva.