Capítulo 2 - A redenção do anjo

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No coração da Cidade Prateada, um lugar sagrado que brilhava com a luz de mil sóis, havia uma cela escondida nas sombras, afastada das majestosas torres e das harmoniosas sinfonias celestiais. A cela estava isolada do restante do reino celestial, como um segredo indesejado que os céus preferiam manter fora da vista. Era um lugar que poucos conheciam, e ainda menos ousavam se aproximar. Ali, em uma reclusão total, encontrava-se um homem, ou melhor, um ser que outrora fora imponente e majestoso.

Ele estava fraco, quase reduzido à pele e osso. Suas vestes eram poucas e rasgadas, uma túnica desbotada que mal cobria seu corpo. No entanto, seus olhos... Ah, seus olhos! Eles brilhavam com um misto de orgulho e desprezo. Mesmo naquele estado miserável, sua postura era arrogante, e seu olhar, indomável. Ele estava encurralado, mas jamais domado. As sombras da cela pareciam abraçar sua presença, como se a própria escuridão soubesse que ele era diferente de todos os outros.

Este ser não era como os anjos que guardavam os céus, ou os arcanjos que serviam como guerreiros do divino. Ele era algo além, algo que os próprios céus decidiram que deveria ser aprisionado, afastado de tudo e de todos. A cela, localizada tão distante no firmamento, era uma punição e um lembrete de que até os mais poderosos podiam ser reduzidos a meros prisioneiros.

Apenas os ecos das correntes e o som distante das harpas celestiais alcançavam aquele lugar. A cada segundo que passava, sua presença emanava uma sensação de perigo, um pressentimento de que algo nele permanecia intacto, inquebrável. Ele podia estar aprisionado, mas sua essência, sua verdadeira natureza, ainda queimava como uma chama imortal.

Quem era ele? Um anjo caído? Um arcanjo que ousou desafiar a ordem celestial? A resposta estava escondida em seu olhar, um misto de ódio e desafio, um olhar que prometia que sua história ainda não havia terminado. Lá, acima das nuvens, acima do próprio universo, nas profundezas da Cidade Prateada, ele aguardava. O que quer que viesse a seguir, uma coisa era certa: aquele ser não era uma figura a ser subestimada.

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Sabe que odeio ter que fazer isso com vc todos os dias, me dói ter q te ferir, eu preferia morrer do que ter q fazer isso com vc irmão...

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Que ironia....vc que me expulsou uma vez, agora é o responsavel por ter de me dar uma sentença todos os dias, me parece justo pra vc?!!

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Não, mas o pai quis assim, sabe como ele é rigoroso....ele te perdoou por colocar as pessoas, o amor acima de seu orgulho, por isso te perdoou, mas te deu um castigo e temo q ele esteja no fim....

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Estando no fim ou não, é humilhante pra mim voltar atrás da minha palavra, meu orgulho como guerreiro esta sendo pisoteado todos os dias e isso esta sendo esfregado na minha cara.... eu sou o principe dessa raça guerreira....mas estou sendo tratado como um lixo...

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Me desculpa por isso, eu deixarei vc descansar agora....

Ele simplesmente se vira e vai andando para fora, fechando a porta do local e deixando aquele anjo ou arcanjo na escuridão, durante os eventos do capitulo anterior....pra ser mais exato, enquanto os herois estão lutando contra Shishio e os juppongatana

Enquanto a batalha dos heróis contra os Juppongatana se desenrolava na Terra, no distante e isolado recanto da Cidade Prateada, algo extraordinário acontecia. A cela do anjo, que por eras ficara selada, recebeu uma visita inesperada. As imponentes portas, guardiãs da prisão que não deveriam jamais ser abertas, começaram a se mover. O som das correntes e mecanismos antigos ecoou por todo o espaço, um som que não era ouvido há muito tempo. A luz da Cidade Prateada invadiu a escuridão da cela, criando uma espécie de corredor luminoso que atingia diretamente o rosto do prisioneiro.

The Syzygy 3: DespertarOnde histórias criam vida. Descubra agora