Capítulo 61 - Você não pode morrer!

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Ponto de vista de Lila

O hospital estava lotado de estudantes frenéticos e bêbados. A maioria deles estava coberta de fuligem do incêndio e alguns deles tinham sangue neles.

Felizmente, eu só tinha um pouco de fuligem, porque o Enzo conseguiu limpar a maior parte do meu rosto. Eram minhas roupas que estavam causando mais danos.

Enzo e alguns dos paramédicos acharam que seria melhor eu ir para o hospital para que pudessem me deixar sóbria. Estava claro que eu não sofri nenhum ferimento real, mas eles preferiam prevenir do que remediar.

Fui levada para uma seção do hospital com alguns outros estudantes que também sofreram ferimentos leves. Eles conectaram algumas bolsas de soro em meu pulso e me deram uma garrafa de água.

— Este soro vai te deixar sóbria mais rapidamente. — Disse a enfermeira com um tom gentil  — Apenas descanse. Há alguém que você gostaria que eu ligasse?

Pensei nos meus pais e como eles estariam preocupados comigo. Eu não queria que soubessem que saí escondida para ir a uma festa. Eles ficariam tão desapontados comigo.

Então, pensei em Enzo.

Não tinha certeza do porquê ele teria surgido em minha mente naquele momento. Não é como se ele se importasse onde eu estava de qualquer maneira. Ele me disse que teria vergonha de ter-me como companheira, então talvez fosse melhor se eu apenas me afastasse dele a partir de agora.

Por algum motivo, ele não ia me rejeitar. Talvez porque ele quisesse que eu sofresse.

Não fazia sentido.

Val estava desestabilizada com os meus pensamentos internos, e eu sabia que tinha que pensar em outra coisa.

Balancei a cabeça para responder à pergunta da enfermeira.

— Não, obrigada. — Disse a ela  — Mas você pode encontrar o meu celular para mim? Eu posso tê-lo deixado no local.

— Claro. —  Respondeu ela  — Vou ver o que posso descobrir sobre o seu telefone. 

— Obrigada. —  agradeci gentilmente.

Assim que ela saiu, suspirei aliviada por estar sozinha com os meus pensamentos. Meu coração ainda doía ruidosamente devido minha conversa com o Enzo.

Eu estava tentando não chorar porque não era a pessoa que eu queria ser. Eu queria ser alguém que fosse mais forte e não precisasse de um homem para ser feliz.

Mas a parte romântica e esperançosa, quase esperava que talvez o Enzo pudesse ser aquele cara.

Não quero pensar que a deusa da lua cometeu um erro ao me atribuir um companheiro. Mas depois da minha conversa com o Enzo e depois de conhecê-lo, estou  pensando que talvez ela tenha cometido um erro sim.

— A deusa da lua nunca cometeria um erro. —  Val me lembrou — Ela sabe o que está fazendo. Só precisamos confiar nela.

Isso era mais fácil de dizer do que fazer, mas não discuti com a minha loba.

— Lila? —  Ouvi meu nome vindo do outro lado da cortina fechada que me separava dos outros.

Sabia que a voz era de Brody e fiquei feliz em ouvi-lo.

Ele abriu a cortina ligeiramente e entrou na minha seção.

Ele estava limpo de toda a fuligem e tinha alguns curativos no rosto e nas mãos, mas me deu um sorriso torto e juvenil que me fez sorrir em retorno.

Meu Companheiro Alfa (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora