Ponto de vista de Lila.
O resto da viagem de carro foi silenciosa, o que provavelmente era uma coisa boa. Assim que chegamos ao hospital, pulei do carro e comecei a correr em direção à entrada principal.
Vi Becca imediatamente e ela já estava conversando com um dos médicos. Parecia que eu estava chegando na hora certa.
Becca pareceu aliviada ao me ver e acenou para que eu me juntasse à conversa deles.
— O que está acontecendo? Como está a Rachel? — Perguntei ao me aproximar deles.
— Acabei de dizer a Becca que sua amiga vai ficar bem. — Disse o médico. — No entanto, poderia ter sido muito pior. Tenho alguns folhetos sobre instalações de reabilitação se você quiser pegar um para ela. Sugiro que ela busque a ajuda de que claramente precisa.
Não achei que Rachel jamais quisesse voltar para a reabilitação; não depois da última vez que ela foi. Mas não ia dizer isso ao médico. Sorri carinhosamente para ele e agradeci enquanto ele voltava ao trabalho.
Olhei para Becca, que soltou um longo suspiro de alívio.
— Não consigo lidar com isso… — Disse ela, apoiando-se na parede.
A abracei apertado.
— Você se saiu tão bem! — Disse a ela. — Você deveria ir descansar. Estou aqui agora.
— Você tem certeza de que vai ficar bem? — Ela perguntou.
Assenti com a cabeça uma vez, olhando por cima do ombro para Enzo, que estava parado ali perto, quase desconfortável.
— Sim! — A assegurei.
Ela me deu um pequeno sorriso quando a soltei.
— Ok… Nos vemos mais tarde, lila! — Ela respirou cansada enquanto passava pela sala de espera e por Enzo. Ela parou quando chegou perto de Enzo e lhe deu um sorriso carinhoso. — Obrigada por trazê-la de volta em segurança, professor.
Enzo ergueu as sobrancelhas diante do comentário de Becca, mas não disse nada em resposta. Quis revirar os olhos para ele, mas me contive.
Fui para a outra seção do hospital onde ficam os quartos e fui imediatamente ver Rachel.
Ela estava surpreendentemente acordada e deitada na cama. Estava olhando para o teto e sua respiração estava pesada.
Ela tinha alguns soros diferentes em seus braços e seus olhos tinham círculos roxos escuros como se tivesse acabado de sair de uma briga.
Franzi ainda mais a testa quando a vi. De pé ao lado de sua cama, cruzei os braços sobre o peito.
Quase senti como se fosse sua mãe.
— No que você estava pensando? — Perguntei em um sussurro áspero. —Você poderia ter morrido, Rachel.Sem me olhar, ela disse:
— Não consigo viver em um mundo sem ele…— Você nem sabe se ele vai sobreviver ou não… — Disse a ela, balançando a cabeça com desgosto estampado em meu rosto.
— Meu urso está sofrendo… — Ela gemeu. — Ele ainda não acordou e isso está deixando tanto meu urso quanto eu loucos. Não consigo lidar com isso…
— Então, você recorre às drogas? — Perguntei, balançando a cabeça. — Você acabou de me contar sua história de horror na reabilitação. É algo que você quer passar de novo?
— Não… — Sussurrou ela, lágrimas estavam se acumulando em seus olhos. — Eu simplesmente não sabia mais o que fazer.
— Você conversar com alguém, isso é o que você deveria fazer. — Disse a ela. — O que aconteceu foi um evento infeliz que quase custou a vida de seu namorado. Você está passando por algo seriamente traumático. Você precisa conversar com alguém sobre isso.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Meu Companheiro Alfa (Livro 2)
Werewolf- O que você está fazendo aqui? - Ele perguntou, olhando diretamente para mim. Eu não conseguia pensar e nem formular uma frase para respondê-lo, mas felizmente, não precisei. Beth falou por mim. - Peço desculpas, pedi para ela me trazer até você...