Capítulo 71 - Um Mundo Sem Ele

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Ponto de vista de Lila.

O resto da viagem de carro foi silenciosa, o que provavelmente era uma coisa boa. Assim que chegamos ao hospital, pulei do carro e comecei a correr em direção à entrada principal.

Vi Becca imediatamente e ela já estava conversando com um dos médicos. Parecia que eu estava chegando na hora certa.

Becca pareceu aliviada ao me ver e acenou para que eu me juntasse à conversa deles.

— O que está acontecendo? Como está a Rachel? — Perguntei ao me aproximar deles.

— Acabei de dizer a Becca que sua amiga vai ficar bem. — Disse o médico. — No entanto, poderia ter sido muito pior. Tenho alguns folhetos sobre instalações de reabilitação se você quiser pegar um para ela. Sugiro que ela busque a ajuda de que claramente precisa.

Não achei que Rachel jamais quisesse voltar para a reabilitação; não depois da última vez que ela foi. Mas não ia dizer isso ao médico. Sorri carinhosamente para ele e agradeci enquanto ele voltava ao trabalho.

Olhei para Becca, que soltou um longo suspiro de alívio.

— Não consigo lidar com isso… — Disse ela, apoiando-se na parede.

A abracei apertado.

— Você se saiu tão bem! — Disse a ela. — Você deveria ir descansar. Estou aqui agora.

— Você tem certeza de que vai ficar bem? — Ela perguntou.

Assenti com a cabeça uma vez, olhando por cima do ombro para Enzo, que estava parado ali perto, quase desconfortável.

— Sim! — A assegurei.

Ela me deu um pequeno sorriso quando a soltei.

— Ok… Nos vemos mais tarde, lila! — Ela respirou cansada enquanto passava pela sala de espera e por Enzo. Ela parou quando chegou perto de Enzo e lhe deu um sorriso carinhoso. — Obrigada por trazê-la de volta em segurança, professor.

Enzo ergueu as sobrancelhas diante do comentário de Becca, mas não disse nada em resposta. Quis revirar os olhos para ele, mas me contive.

Fui para a outra seção do hospital onde ficam os quartos e fui imediatamente ver Rachel.

Ela estava surpreendentemente acordada e deitada na cama. Estava olhando para o teto e sua respiração estava pesada.

Ela tinha alguns soros diferentes em seus braços e seus olhos tinham círculos roxos escuros como se tivesse acabado de sair de uma briga.

Franzi ainda mais a testa quando a vi. De pé ao lado de sua cama, cruzei os braços sobre o peito.

Quase senti como se fosse sua mãe.
— No que você estava pensando? — Perguntei em um sussurro áspero. —Você poderia ter morrido, Rachel.

Sem me olhar, ela disse:
— Não consigo viver em um mundo sem ele…

— Você nem sabe se ele vai sobreviver ou não… — Disse a ela, balançando a cabeça com desgosto estampado em meu rosto.

— Meu urso está sofrendo… — Ela gemeu. — Ele ainda não acordou e isso está deixando tanto meu urso quanto eu loucos. Não consigo lidar com isso…

— Então, você recorre às drogas? — Perguntei, balançando a cabeça. — Você acabou de me contar sua história de horror na reabilitação. É algo que você quer passar de novo?

— Não… — Sussurrou ela, lágrimas estavam se acumulando em seus olhos. — Eu simplesmente não sabia mais o que fazer.

— Você conversar com alguém, isso é o que você deveria fazer. — Disse a ela. — O que aconteceu foi um evento infeliz que quase custou a vida de seu namorado. Você está passando por algo seriamente traumático. Você precisa conversar com alguém sobre isso.

Meu Companheiro Alfa (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora