Whispers of Reality │RORASA.

9.

POV Asa

Eu estava sentada na minha sala, trabalhando no que meu pai havia me pedido. A papelada e os relatórios pareciam infinitos, e, como sempre, ele exigia nada menos do que perfeição. A pressão para administrar a segurança da YG e garantir que tudo estivesse em ordem era constante, mas eu estava acostumada com isso. Ainda assim, havia algo em mim que ansiava por mais, por aquela liberdade que só Nyx me proporcionava.

Enquanto digitava no computador, ouvi um leve bip vindo do canto da sala. Era o alarme de emergência, aquele que eu configurei para detectar ameaças na cidade. Meu coração acelerou por um momento, esperando o pior — talvez mais um assalto em andamento ou alguma ameaça à segurança das meninas.

Corri até o painel que mostrava as câmeras da cidade conectadas ao meu sistema. Mas, para minha surpresa, o que vi foi diferente. Uma nova figura apareceu na tela — uma mulher, ágil, rápida, vestida com um traje justo de cor escura, mas sem poderes óbvios. Ela estava lutando contra um grupo de criminosos, mas não estava dando conta sozinha. Apesar de sua agilidade impressionante, o número de adversários era demais para ela.

Quem era ela? Nunca a tinha visto antes. Não era como os outros heróis que eu conhecia — ela não parecia ter superpoderes, mas se movia com precisão. Era como uma artista marcial extremamente habilidosa, mas sem a força extra que alguns vilões podem ter.

Eu sabia que, mesmo sem superpoderes, ela poderia acabar ferida. E mesmo que fosse habilidosa, esses criminosos eram implacáveis. Não havia tempo a perder.

Rapidamente me levantei da cadeira e vesti o traje de Nyx. Desta vez, estava com minha nova versão otimizada. O capuz cobria totalmente meu rosto, junto com a máscara que escondia minha identidade por completo, enquanto o colete inspirado na Viúva Negra era aprimorado para garantir mais proteção contra impactos e armas de fogo.

Meus novos acessórios de tecnologia estavam todos conectados e funcionais: lâminas retráteis nos punhos, ganchos de disparo que me permitiam me mover pelas ruas com mais facilidade, e dispositivos de distração e armadilhas que poderiam ser lançados à distância. A sensação do traje novo no meu corpo me dava um impulso de confiança. Dessa vez, nada daria errado.

Me teletransportei para a área onde ela estava lutando. O caos era evidente — os criminosos estavam se espalhando, destruindo carros e intimidando os pedestres. A nova heroína estava tentando o seu melhor para lidar com eles, mas o número de adversários estava a ponto de esmagá-la.

Cheguei no último segundo. Um dos bandidos estava prestes a acertá-la com uma barra de ferro, mas o bloqueei com minhas lâminas, girando em seguida e imobilizando o agressor com um chute preciso.

Ela se virou para mim, os olhos arregalados por um momento. Parecia surpresa ao ver outra figura mascarada, mas não teve tempo de dizer nada.

— Você chegou na hora certa, — ela disse, ofegante, enquanto derrubava outro criminoso com um chute no peito.

— Você está bem? — perguntei, minha voz abafada pela máscara, enquanto eu lançava uma armadilha que prendia mais dois criminosos em uma rede elétrica.

Ela assentiu rapidamente, enxugando o suor da testa. — Sim, mas eles são muitos.

— Vou ajudar. — Disse, concentrando-me na batalha à minha frente. Um grupo maior de criminosos armados estava vindo na nossa direção. Eles pareciam mais organizados do que os vilões comuns que eu enfrentava. Algo sobre eles era diferente.

Nós duas nos movíamos rapidamente entre os criminosos, derrubando-os um por um. A heroína se movia como uma dançarina, com precisão e leveza, usando sua agilidade para se esquivar de ataques e desarmar seus oponentes. Eu complementava seus movimentos com minhas ilusões e golpes mais poderosos, derrubando os inimigos com rapidez.