Whispers of Reality │RORASA.

3.

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POV Asa

O fim de semana chegara, mas, para mim, não havia descanso à vista. Meu pai, sempre ansioso para garantir que a YG Entertainment mantivesse seu status inabalável, me convocou para trabalhar na empresa. Ele dizia que era parte do meu treinamento, que um dia eu teria que assumir as rédeas do império, mas, para mim, era mais um lembrete de que minha vida estava longe de ser normal.

Aquela manhã começou cedo. Enquanto as primeiras luzes do sol entravam pela janela do meu quarto, eu me arrastei para fora da cama, mal sabendo o que eu realmente queria fazer, já que não havia tempo para essas reflexões. O que eu realmente gostava? Era uma pergunta que eu não me permitia fazer. A rotina na YG dominava meu dia a dia, e as horas se passavam entre reuniões, telefonemas e relatórios.

Chegando à empresa, o ambiente era frenético. As vozes dos funcionários ecoavam pelos corredores, e a energia estava carregada. Eu me sentei na minha mesa, rodeada de papéis e gráficos que precisavam de minha atenção. Mas minha mente vagava. A sensação de estar presa, como uma ave em uma jaula de ouro, me consumia lentamente.

Quando o relógio marcou meio-dia, um grito cortou o ar. O som de sirenes e o pânico nas vozes das pessoas à minha volta me fizeram levantar instantaneamente. Um assalto estava acontecendo nas proximidades da YG, e a adrenalina começou a pulsar em minhas veias. Eu precisava ir, precisava fazer algo. O que estava acontecendo com o mundo lá fora?

Sem pensar duas vezes, levantei-me da mesa e fui para o corredor. As pessoas estavam em pânico, e algumas tentavam se esconder. O instinto de proteção tomou conta de mim. Eu não era apenas Asa, a filha do dono. Eu era Nyx, a heroína que se movia nas sombras, e era hora de agir.

Rapidamente, dirigi-me até o meu escritório, onde mantinha meu traje escondido. O uniforme preto, que me tornava invisível à luz, e a máscara que ocultava minha identidade estavam prontos. Assim que me vesti, senti o poder inundar meu corpo. A energia que eu controlava se alinhava com minha determinação, e, quando saí pela porta, era como se a noite tivesse me engolido.

O caminho até o local do assalto não demorou. As sirenes continuavam a tocar, e as pessoas se aglomeravam em volta da cena. Ao me aproximar, percebi um grupo de homens armados, todos tentando intimidar um caixa eletrônico, cercados por um círculo de pânico e gritos.

— Pensem, pessoal! — um dos ladrões gritou. — Ninguém se mexe, ou a gente faz isso virar um verdadeiro show!

Com um movimento rápido, ativei meus poderes. As sombras ao meu redor pareciam se intensificar, e um campo de energia começou a se formar. O primeiro ladrão, distraído, não teve chance. Com um gesto da mão, eu empurrei um carro estacionado em sua direção, fazendo-o cair com força contra ele. Ele caiu, atordoado.

Os outros ladrões começaram a disparar, mas eu os fazia tremer de medo, fazendo as balas pararem no ar por um segundo, antes de serem desviadas por uma onda de força que emanava de mim. A cena rapidamente se transformou em caos. Com movimentos fluidos e calculados, aproveitei a confusão e utilizei as sombras para teleportar-me entre eles.

Um segundo ladrão tentou se aproximar, mas eu criei uma ilusão de um ataque furioso de sombras que o fez recuar. O último, desesperado, tentou escapar, mas eu o prendi com um campo de energia. Enquanto ele se debatia, uma onda de satisfação me invadiu. Eles não eram páreo para mim, e, em questão de minutos, o grupo estava imobilizado.

Assim que a polícia chegou, eu desapareci nas sombras, retornando à segurança da YG. Meus batimentos cardíacos estavam acelerados, mas havia uma sensação de realização que preenchia meu ser. No entanto, essa sensação foi rapidamente ofuscada pela realidade que me aguardava.