Pov Sophia
Eu esfregava as mãos nos olhos, tentando acreditar no que via. Não, não podia ser real.
— O que foi, mosca morta? — Beatrice perguntou, com sua típica impaciência. — Por que tá olhando tanto pra essa mulher?
A figura à minha frente, que eu mal podia acreditar ser real, deu um passo à frente, os olhos brilhando de emoção. O príncipe Ricardo III se levantou do sofá com um sorriso sereno.
— Querida, se aproxime — ele disse, estendendo a mão para aquela muiher com uma naturalidade desconcertante.
Eu assistia atônita. A mídia sempre especulou sobre o noivado do príncipe com uma mulher misteriosa, cuja identidade ninguém conseguira descobrir. Até agora.
A mulher então se aproximou de mim e, antes que eu pudesse reagir, me envolveu em um abraço apertado.
— Filinha... — ela sussurrou, com lágrimas nos olhos.
Minha mente se recusava a processar o que estava acontecendo.
— P... P... Paulina? — Beatrice gaguejou, com os olhos arregalados. — Você... minha querida! Eu sinto tanto por não ter ficado ao seu lado.Eu dei um passo para trás, tentando entender. Meu coração estava acelerado, e a confusão tomou conta de mim.
— Que porra é essa? — Beatrice se levanta, com a voz vacilante.
O príncipe deu alguns passos à frente, tentando suavizar a tensão.
— Entendo sua frustração, Srta. Beatrice, mas foi necessário trazê-la até aqui.Minha voz falhou quando encarei a mulher que dizia ser minha mãe.
— Mamãe... você não morreu? Como?Ela abaixou os olhos, hesitante.
— Eu... Eu não vou conseguir explicar tudo agora...Eu senti um nó na garganta.
— Jura? Você tá viva... e eu passei esses anos todos sendo humilhada pelo papai, enquanto você vivia uma vida de rainha. Literalmente!O príncipe interveio calmamente.
— Não é bem assim, Srta. Sophia. A sua mãe não viveu uma vida de rainha.Eu o encarei com incredulidade enquanto ele continuava.
— Sua mãe se curou do câncer, mas estava decidida a denunciar seu pai. Só que, ao saber disso, ele tentou matá-la no hospital.Meu coração quase parou.
— O quê?O príncipe suspirou.
— Na fuga, ele fez todos acreditarem que sua mãe havia morrido. No mesmo dia, sofri um grave acidente de carro, e sua mãe, desesperada, se escondeu no meu carro para fugir dele.Paulina assentiu, lágrimas escorrendo por seu rosto.
— Fomos levados ao hospital de Londres, e, para proteger sua mãe, meus pais acreditaram que estávamos juntos. Assim, ela pôde desaparecer e recomeçar sua vida em segurança.
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DESTINO TRAÇADO
RomanceEra uma noite fria de inverno quando Sophia Johnson, uma jovem negra de 20 anos, descobriu a verdadeira identidade de sua família. Ela sempre soube que era diferente das outras crianças, criada como empregada na mansão dos Johnson e tratada com desp...