Capítulo 6

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Sophia sabia que estaria encrencada assim que retornasse a mansão afinal saiu do meio de seu expediente após uma discussão calorosa que era seu patrão ,era seu próprio  pai que considerava  como genitor ,ela sempre foi ameaçada ou coagida caso den...

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Sophia sabia que estaria encrencada assim que retornasse a mansão afinal saiu do meio de seu expediente após uma discussão calorosa que era seu patrão ,era seu próprio  pai que considerava  como genitor ,ela sempre foi ameaçada ou coagida caso denunciasse o seu genitor as autoridades .Enquanto caminhavam pelo bairro, Sophia e James passaram por uma lanchonete modesta. Sophia parou por um momento, seus olhos fixos na vitrine. James, percebendo a mudança em sua expressão, também parou e a observou.

— Essa lanchonete... — Sophia começou a falar, a voz um pouco distante. — Eu costumava vir aqui com minha mãe. Era o nosso lugar favorito. — Seus olhos brilharam com uma nostalgia melancólica.

James, intrigado, olhou para dentro da lanchonete. A atmosfera simples e acolhedora contrastava com os lugares sofisticados que ele frequentava.

— Quer entrar? — Ele perguntou, tentando entender melhor a jovem que estava mexendo com ele de uma forma inexplicável.

Sophia hesitou, mas a tentação de revisitar um lugar que lhe trazia boas lembranças foi mais forte.

— Sim, gostaria. — Respondeu finalmente, com um leve sorriso.Eles entraram na lanchonete, o sino acima da porta tilintando suavemente. A familiaridade do ambiente trouxe uma onda de emoções para Sophia. James observava cada reação dela com atenção.

— Sempre sentávamos ali. — Sophia apontou para uma mesa no canto, ao lado da janela. — Minha mãe adorava assistir as pessoas passando enquanto tomávamos chocolate quente.

James a seguiu até a mesa, puxando uma cadeira para ela antes de se sentar.

— Conte-me mais sobre sua mãe. — Pediu, genuinamente interessado.

Sophia suspirou, um sorriso triste nos lábios.

— Ela era incrível. Forte, gentil, sempre otimista, mesmo quando as coisas eram difíceis. — Ela fez uma pausa, olhando para fora da janela como se buscasse forças nas lembranças. — Quando ela se foi, tudo mudou. Essa lanchonete é um dos poucos lugares onde ainda me sinto conectada a ela.

James sentiu uma pontada de empatia. Ele conhecia a dor da perda, embora de maneiras diferentes. Sua própria história de vida o tinha endurecido, mas havia algo na vulnerabilidade de Sophia que o tocava profundamente.

— É bom ter lembranças assim. — Disse ele, suavemente. — Elas nos lembram de quem somos e de onde viemos.

Sophia olhou para ele, surpresa pela profundidade em suas palavras.

— Você fala como alguém que já perdeu muito também. — Observou.

James apenas assentiu, os olhos sombrios.

— Acho que todos temos nossas batalhas. — Respondeu, evasivamente.

Sophia notou a mudança em seu tom e decidiu não pressioná-lo mais. Em vez disso, chamou a garçonete e pediu dois chocolates quentes, exatamente como fazia com sua mãe.

Enquanto esperavam, James olhou para Sophia com renovado interesse. Ela não era como as outras mulheres que conhecera. Havia uma autenticidade e uma força nela que ele achava cativante.

— Sabe, — ele disse, quebrando o silêncio, — você é diferente de qualquer pessoa que já conheci.

Sophia riu suavemente, mas havia uma nota de amargura em sua risada.

— Não sei se isso é bom ou ruim. — Disse ela.

— É bom. — Afirmou James, com convicção. — Muito bom.

A garçonete trouxe os chocolates quentes, e enquanto bebiam, Sophia sentiu, pela primeira vez em muito tempo, uma fagulha de esperança. Talvez, apenas talvez, este encontro improvável pudesse mudar o curso de suas vidas.Enquanto bebiam seus chocolates quentes, Sophia decidiu abrir seu coração para James.


— Alguns minutos atrás, eu parei em frente a um carro de luxo. — Ela começou, hesitante. — Eu queria me ver no reflexo do espelho para me recompor, mas acabei chorando. Se não bastasse a minha vida complicada , uma notícia que me abalou profundamente.

James inclinou-se para frente, interessado.

— Que notícia foi essa, se não se importar em compartilhar? — Perguntou ele, com gentileza.

Sophia respirou fundo, tentando manter a compostura.

— Acabei de descobrir que a casa onde cresci, a mesma casa que minha mãe construiu com tanto esforço, vai ser leiloada. Meu patrão... ou melhor, meu pai biológico, se recusa a me ajudar. Ele nunca me considerou como filha.Sophia não acreditava que estava se abrindo com aquele homem de ombros largos e tão bonito .Sophia além de ser rejeitada pelo pai biológico tinha amor platônico que essa noite se perdeu todas as esperanças,se não bastasse ela teria que servir o jantar da família feliz .

James sentiu uma onda de empatia e raiva por ela. Ele percebeu que a tristeza de Sophia não era apenas superficial; ela carregava cicatrizes profundas.E isso o fez ficar mais intrigado em querer conhecer sua história.

— E quanto ao homem no carro? — James perguntou, querendo entender mais.

Sophia sorriu, um pouco envergonhada.

— Eu pensei que ele fosse chamar a polícia, achando que eu iria roubar algo. Mas o senhor foi muito simpático dizendo que o patrão não deveria gostar nada de me ver ali .Achei estranho já que não tinha ninguém no carro .James, sabendo que ele era o homem no carro, sentiu uma mistura de alívio e apreensão. Ele estava aliviado por ela não o ter reconhecido, mas também apreensivo sobre como deveria proceder.

— E você não sabia quem ele era? — Perguntou, testando as águas.

Sophia balançou a cabeça.

— Não. Na verdade, eu nem pensei sobre isso. Estava tão focada em meus próprios problemas que não prestei atenção. E aqui, a garçonete também não parece conhecê-lo, eu acho que ele deve ser o dono do prédio onde eu morava com a minha mãe ,afinal ele só aparece uma vez ao ano  — Ela olhou ao redor da lanchonete.

James suspirou internamente, grato pela anonimidade. Ele não estava acostumado a ser ignorado, e era uma mudança bem-vinda.

— Qual é o seu nome? — Sophia perguntou de repente, pegando James de surpresa.Ele congelou, seu cérebro correndo para encontrar uma resposta. Decidiu que a melhor abordagem seria mentir, pelo menos por enquanto.

— Meu nome é John. — Disse ele, um pouco hesitante, mas tentando soar convincente.

Sophia sorriu, sem suspeitar de nada.

— Prazer em conhecê-lo, John. — Disse ela, estendendo a mão.

James apertou sua mão, sentindo uma conexão inesperada.

— O prazer é meu, Sophia.

Ela ficou surpresa, mas sorriu. — Como sabe meu nome?

James sorriu de volta. — Você mencionou antes, quando falava sobre sua mãe. Desculpe se pareceu invasivo.

Sophia relaxou. — Está tudo bem. Fico feliz que tenha ouvido.

Os dois continuaram a conversar, compartilhando histórias e começando a construir uma conexão. James, ou "John", estava determinado a descobrir mais sobre a jovem que havia cativado seu coração, enquanto Sophia, sem saber, começava a se abrir para um novo começo.

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