Era uma noite fria de inverno quando Sophia Johnson, uma jovem negra de 20 anos, descobriu a verdadeira identidade de sua família. Ela sempre soube que era diferente das outras crianças, criada como empregada na mansão dos Johnson e tratada com desp...
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James
Sophia estava ali, acalmando minha alma devastada enquanto as lágrimas rolavam, uma após a outra, trazidas pela lembrança implacável daquele hospital. A imagem dos policiais me dizendo que minha filha havia desaparecido não saía da minha cabeça, uma cena que se repetia cruelmente, sem trégua.
—Sophia... — sussurro, sentindo minha voz falhar.
Ela não hesita. Seu toque desliza pelos meus braços, uma carícia suave e firme, até alcançar minhas mãos. Mas eu sou rápido. Puxo-a pela cintura, trazendo-a para mais perto, quase num reflexo. Seus olhos, tão jovens e intensos, encontram os meus.
—O que você está fazendo comigo, Sophia? — A pergunta escapa antes que eu possa contê-la, minha voz carregada de uma mistura de confusão e desejo que não consigo controlar.
Ela hesita por um momento, os olhos buscando algo em mim que nem eu sei se posso dar. —James, por que está agindo assim? — A voz dela é suave, mas a pergunta vem com o peso de um arrependimento que parece novo, como se tivesse vindo atrás de mim sem saber no que estava se metendo.
—Você ainda quer estar ao meu lado depois de tudo? Depois de saber que sou o responsável pelo que aconteceu com minha esposa, por ter deixado minha filha sozinha no momento em que ela mais precisava de mim? — Eu a encaro, esperando que ela me rejeite, que se afaste ao descobrir os pedaços quebrados de mim que eu tento esconder.
Mas o olhar dela desliza para o meu peito, onde os pelos escapam da camisa. Ela morde o lábio inferior, um gesto que acende algo primal em mim, uma faísca que ameaça explodir em fogo. —Eu sou um homem o quê, Sophia? — Minha voz sai mais grave do que pretendia, os olhos fixos nos dela enquanto ela continua presa à visão do meu corpo.
—Você é um homem muito gostoso, James. — A frase sai como um suspiro, uma confissão que faz meu peito vibrar de prazer.
Eu rio, o som ecoando pelo corredor silencioso. —Você acabou de me chamar de gostoso, Sophia? — A vergonha a alcança, e ela se afasta rapidamente, tentando recobrar a compostura.
—É melhor você resolver o que precisa. Passe bem, James. — As palavras dela são rápidas, quase uma fuga, enquanto ela se retira para o quarto, sem olhar para trás.
Por um breve momento, a tristeza que me consome cede lugar a um sorriso, um sentimento tão raro que mal o reconheço. Pouso a mão sobre meus cabelos, ainda presos num coque apertado, e murmuro para mim mesmo, incrédulo: —Sophia, o que você está fazendo comigo?
Mas a realidade não me dá trégua, e logo um garoto se aproxima, interrompendo meus pensamentos.
—O que você quer? — pergunto, meu tom voltando ao controle habitual.
—Soube que os pais da Amanda estão no hospital. Eles trabalham para você, certo? Preciso saber se querem que a Amanda seja cremada ao lado do meu pai. — A voz do garoto é firme, mas a dor espreita nas bordas.