18 - Tip Toe

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Elas foram até um restaurante japonês elegante chamado Sakura Hana, localizado em uma das áreas mais sofisticadas da cidade. O ambiente era uma mistura perfeita de tradição e modernidade. Logo na entrada, os clientes eram recebidos por uma pequena ponte de madeira sobre um riacho artificial, cheio de carpas coloridas. As paredes do restaurante eram adornadas com murais de cerejeiras em flor, e lanternas de papel pendiam do teto, emitindo uma luz suave e aconchegante.

As mesas, feitas de madeira escura e polida, eram organizadas de forma espaçosa, proporcionando privacidade aos clientes. Tatames macios cobriam o chão em algumas áreas, onde os clientes podiam se sentar em almofadas confortáveis ao redor de mesas baixas. No fundo do restaurante, um balcão de sushi exibia uma variedade impressionante de peixes frescos, cortados habilidosamente por chefs em tempo real.

Os aromas deliciosos de gengibre, shoyu e peixe fresco preenchiam o ar, criando uma experiência sensorial completa. Pequenos jardins zen, com pedras e miniaturas de bambu, adicionavam um toque de tranquilidade ao ambiente, permitindo que os clientes se sentissem em paz enquanto desfrutavam de suas refeições.

Samanun havia reservado um canto mais discreto, com uma mesa mais alta que foi providenciado exclusivamente para que Kornkamon ficasse mais confortável durante o jantar. Sam pensou em cada detalhe para que a atual condição da mulher, usando muletas para se locomover, não fosse um problema ou motivo de constrangimento naquela noite. Sam lembrara-se de uma das conversas por mensagem em que Mon mencionara seu amor por sushi e decidira surpreendê-la com um jantar especial.

"O que você vai pedir, Mon?" perguntou Sam, observando o menu com um sorriso.

Kornkamon sorriu de volta, os olhos brilhando de satisfação. "Acho que vou começar com um sashimi de salmão e depois pedir um sushi de enguia. Adoro a textura e o sabor. E você?"

"Vou seguir sua dica e experimentar o sashimi de salmão também. E depois talvez um tempurá de camarão? O que acha?" Perguntou Sam, apreciando a escolha de pratos e sorrindo enquanto Mon assentia.

Enquanto esperavam a comida, a conversa fluiu naturalmente. Falaram sobre amenidades, riram de histórias engraçadas e flertaram discretamente entre uma frase e outra. Samanun sentia-se leve na presença de Mon, e cada palavra trocada parecia aprofundar a conexão entre elas.

"Você realmente me surpreendeu, Sam. Não sabia que lembrava do meu amor por sushi" comentou Kornkamon, o sorriso genuíno refletindo seu apreço.

"Como poderia esquecer? Foi uma das nossas primeiras conversas. Eu queria te trazer em um local especial, fazer com que nosso jantar fosse perfeito." respondeu Sam, o olhar cheio de carinho.

Kornkamon sorriu, sentindo o coração aquecer. "Bem, você conseguiu. Estou adorando cada momento."

De repente, a porta do restaurante se abriu, e uma figura familiar apareceu. Nop entrou com um ar de arrogância, varrendo o ambiente com os olhos até pousarem em Kornkamon e Samanun. Ele se aproximou da mesa, um sorriso cínico estampado no rosto.

"Ah, então é aqui que você está, Mon. Agora entendo porque me dispensou mais cedo" disse Nop, a voz carregada de desdém.

Kornkamon ergueu os olhos, surpresa e irritada. "Nop, o que você está fazendo aqui?"

"Uma amiga estava saindo daqui quando você chegou, me mandou uma mensagem e resolvi vir ver com meus próprios olhos. Você não parecia nem um pouco interessada em um jantar hoje cedo quando te convidei, só não sabia que você estava trocando a minha companhia por uma mulher tão bonita." disse Nop, lançando um olhar provocador para Sam.

Samanun sentiu-se imediatamente desconfortável, sem saber como reagir à situação. Kornkamon, percebendo o constrangimento de Sam, tentou manter a compostura.

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