26 - Island in The Sun

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[ Island in The Sun - Weezer ]

POV NARRADOR

Samanun chegou ao apartamento de Kornkamon, ansiosa para surpreendê-la com um convite. As mulheres tinham certa dificuldade de conciliar seus compromissos e acabavam se encontrando sempre em horários pouco convencionais para conseguirem passar a noite juntas. Ao tocar a campainha, esperava ver o sorriso acolhedor de Mon, mas foi surpreendida ao ser recebida por Pohn Phetpailin, a mãe de sua namorada.

Pohn olhou para Sam com desdém, a expressão fria e indiferente. "O que você está fazendo aqui? E a essa hora da noite? Eu me lembro perfeitamente de ter dito que não a queria perto de minha filha"

Sam manteve a compostura, embora sentisse a tensão instalada no ar. "Estou aqui para ver Kornkamon e não devo satisfações a você. A relação entre nós duas não diz respeito à senhora."

Pohn estreitou os olhos, a voz carregada de sarcasmo. "Ah, então é isso. Não satisfeita em ficar feito cão de guarda cercando minha filha naquele hospital agora você também a persegue em sua casa? Você não acha que deveria se colocar em seu lugar e voltar para aquele hospital caindo aos pedaços e sumir de nossas vidas?"

Samanun sentiu a raiva crescer dentro de si, mas manteve o tom firme. "Com todo o respeito, Sra. Phetpailin, a senhora não tem o direito de falar comigo ou qualquer pessoa desta forma. Kornkamon é uma mulher adulta e pode tomar suas próprias decisões. Eu vim até aqui para vê-la, saiba que qualquer contato que tenho com a senhora é totalmente contra a minha vontade."

Pohn deu um passo à frente, a voz gélida. "Você acha que pode entrar na vida da minha filha e bagunçar tudo? Vir até aqui com este tom e me destratar? Acha que não percebo como ela a cada dia fica mais imprevisível? Como vem tomando decisões precipitadas e prejudicando a minha empresa? Minha filha já não é mais a mesma e você é uma péssima influência. Você não passa de uma distração temporária nessa nova personalidade que ela criou para chamar atenção."

Sam não recuou, encarando Pohn com determinação. "Você deveria ter o mínimo de respeito pela pessoa que herda o seu DNA. Não me admira que Kornkamon evite tanto encontrar com você, a senhora é a pessoa mais desagradável que já tive o azar de conhecer."

Nesse momento, Kornkamon aparece no elevador e estranha a presença das duas mulheres. "Mãe? Sam? O que está acontecendo aqui?"

Pohn se virou para a filha, a expressão de desdém ainda presente. "Estou apenas tentando entender por que você está desperdiçando seu tempo com essazinha. Ela está aqui falando barbaridades para mim como se tivesse algum direito!"

Mon sentiu a raiva e a frustração crescerem dentro de si. "Mãe, chega. Não sei o que as duas estão fazendo aqui mas quero que essa discussão pare agora mesmo."

Pohn se direcionou para a filha, a voz carregada de veneno. "Você sempre foi fraca, Kornkamon. Sempre precisou de alguém para te segurar e mostrar como tomar decisões. E agora, olha para você, se rebaixando a esse nível. Eu deveria interná-la até que recobre sua consciência, você está enlouquecendo diante dos meus olhos."

Kornkamon respirou fundo, sentindo a determinação crescer dentro de si. "Não, mãe. Eu não sou fraca e muito menos louca. E não vou mais permitir que você me controle ou fale essas coisas horríveis para mim sem motivo nenhum, chega! Sam é a melhor coisa que aconteceu na minha vida, e eu não vou deixar você estragar isso como estragou todo o resto."

Pohn enrijeceu a mandíbula enquanto levantava sua mão em direção à Mon, mas antes que pudesse completar o ato sentiu os dedos firmes de Samanun ao redor de seu pulso, a médica se pôs entre as duas mulheres da família Phetpailin. "Não se atreva." Sam falava entre dentes, a mandíbula travada e o semblante irado.

Ecos da TormentaOnde histórias criam vida. Descubra agora