Ecos da Tormenta

16 - Weak

Na rotina frenética do hospital, Samanun encontrava uma sensação de propósito e dedicação que a mantinha firme. A carga de trabalho era intensa, e cada dia trazia novos desafios e oportunidades de aprendizado. Um dos casos mais delicados que estava envolvida era o de uma paciente infantil rara, uma menininha de seis anos chamada Mia.

Mia sofria de uma condição rara chamada Síndrome de Marfan, uma doença genética que afeta o tecido conjuntivo do corpo, resultando em complicações cardiovasculares, esqueléticas e oftalmológicas. Samanun havia se envolvido profundamente no caso de Mia, trabalhando diligentemente para garantir que a pequena tivesse a melhor qualidade de vida possível.

Naquela manhã, ao entrar no quarto de Mia, Samanun foi recebida por um sorriso brilhante da menininha. "Bom dia, Dra. Sam!"

Sam sorriu de volta, sentindo o coração aquecer com a alegria inocente da garotinha. "Bom dia, princesa! Como você está se sentindo hoje?"

Mia balançou os pés, animada. "Estou bem, Dra. Sam. Minha mãe me trouxe um livro novo. Quer ver?"

Samanun se aproximou da cama e olhou para o livro que Mia segurava com entusiasmo. "Claro que quero! Que livro é esse?"

"É sobre uma princesa que salva o reino de um dragão malvado" explicou a menina, os olhos brilhando. "Ela é muito corajosa, como você, Dra. Sam!"

Sam riu suavemente, tocando a mãozinha da criança de maneira gentil. "Você também é muito corajosa, Mia. E juntas, ninguém pode nos parar, igual a sua princesa do livro."

Enquanto conversava animadamente com sua paciente, os pais da menina entraram no quarto. A preocupação e o amor nos olhos deles eram evidentes. "Dra. Samanun, como está nossa filha?" perguntava a mãe indo em direção à pequena em seu leito, a voz cheia de apreensão.

Sam manteve o tom acolhedor e compreensivo. "Mia está se recuperando bem. Estamos monitorando de perto todos os aspectos de sua condição e ajustando o tratamento conforme necessário. Ela é uma lutadora, e estamos aqui para garantir que tenha tudo o que precisa."

O pai de Mia suspirou, aliviado. "Obrigado, Dra. Saber que ela está em boas mãos nos dá muita paz apesar de toda luta e dias ruins."

Sam assentiu, sentindo a responsabilidade e o compromisso com a pequena paciente e sua família. "Estamos juntos nisso. Qualquer dúvida ou preocupação que tiverem, por favor, me avisem. Estou aqui para ajudar."

Enquanto saía do quarto, encontrou seus residentes esperando por ela no corredor. Entre eles estava Dra. Megan Thost, uma residente talentosa e dedicada, que não escondia seu interesse não só profissional por Samanun. Megan era uma mulher de vinte e seis anos, com cabelos loiros curtos e um sorriso caloroso que sempre iluminava o ambiente.

"Bom dia, equipe" disse Sam, com um sorriso. "Vamos revisar o caso da Mia hoje."

Megan se aproximou, os olhos brilhando como sempre que olhava para sua médica atendente. "Dra. Samanun, o que faremos a seguir para ajudar Mia?"

Sam começou a explicar os próximos passos do tratamento. "Vamos continuar monitorando a função cardiovascular de Mia de perto. A síndrome de Marfan pode afetar a aorta, então precisamos garantir que não haja dilatação ou dissecção. Também precisamos ajustar a medicação para gerenciar os sintomas e prevenir complicações."

Enquanto falava, Sam notava o olhar atento de Megan, que absorvia cada palavra com fascinação. Era claro que a residente não apenas admirava Samanun como médica, mas também nutria sentimentos mais profundos.

"Dra. Thost, por favor, revise os exames mais recentes de Mia e veja se há alguma alteração que precisamos abordar" disse Sam, delegando a tarefa com confiança.