Lunna é uma mulher bem resolvida em todos os aspectos, principalmente sexual. Embora seja extremamente livre, se vê presa pelos fantasmas do passado.
Sua mãe morreu quando ainda era criança, o pai não chegou a conhecer. Foi criada pela tia que a tr...
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LUNNA JOHSON
_ Bom dia, flor do dia.- Amanda chega na porta do meu quarto com uma animação desconhecida.
_ Por que você está tão feliz?- A acompanho com o olhar.
_ Porque vamos sair dessa casa, finalmente.- Joga as mãos para o ar em sinal de agradecimento.
_Eu vou sair?
Estou passando tanto tempo nesse quarto que já consigo me locomover por ele de olhos fechados, simplesmente já decorei onde fica tudo. Mas para ser sincera, não tenho mais vontade de sair dele. A cama é minha melhor amiga, não tem porque sair dela para ficar presa a uma cadeira de rodas.
Simplesmente não posso mais viver como quero. Não consigo colocar meus pés no chão e fazer coisas básicas sem precisar de ajuda. Não estou pronta para encarar o mundo da forma que estou agora; inválida.
Por mim passaria o dia todo na cama, sem mover nenhum músculo, apenas esperando o fim desse sofrimento todo.
Se antes não queriam a minha presença, imagina agora que não ajudo ninguém, apenas atrapalho. O melhor que poderia acontecer seria aquele maldito atropelamento ter acabado comigo de vez, seria mais facil para todos, aposto que nem sentiriam a minha falta.
Quando eu me movia livremente, poderia viver a minha vida sem atrapalhar ninguém. Poderia ser feliz, tornando-me uma mulher bem sucedida, cada vez mais desejável e poderosa. Poderia viver e não sobreviver como estou agora.
_ Claro.
_ Não quero ir.
Puxo o edredom grosso que cobre a cama, tampando minha cara com ele. Escuto a respiração pesada de Amanda e seus passos ficando cada vez mais distante.
Ótimo, ela vai me deixar em paz aqui.
Ambas saímos ganhando com isso; eu posso ficar sozinha como tanto desejo e ela não precisará se preocupar comigo. Com toda certeza, por uma fração de horas, irá esquecer da minha inútil existência.
Antes que eu tenha tempo para pensar, sinto a coberta ser tirada de cima de mim e o ar gelado me arrepiar todinha.
_ Que merda.- Praguejo.
_ Vomos tomar banho, já separei a sua roupa e enchi a banheira.
_ Não quero.
Amanda revira os olhos, dando de ombros. Saí do meu quarto e dentro de poucos minutos voltou com o seu marido, que está vestindo uma roupa mais esportiva.
Christian vêm até mim e como se eu não pesasse nada; pegou-me no colo e caminhou até o banheiro. Ele ficou me segurando enquanto sua mulher tirava a minha roupa. Fitei o teto, sentindo-me tão humilhada que perdi a fala e precisei segurar o choro.
Eu amava fazer as minhas coisas sozinha, ser individualista. Precisar da ajuda dos demais para tomar um simples banho é humilhante.
Ele me coloca na banheira, fala com Amanda para o chamar quando terminarmos e saí.