CAPÍTULO CINCO: Doce manhã.

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 CHRISTIAN RIVEIRA

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CHRISTIAN RIVEIRA

Passo a mão, delicadamente, pelo rosto de Amanda. Afasto o cacho que cobria sua bela face, deixando-o se misturar com os outros no travesseiro de seda.

Às vezes a minha mulher cisma de alisar o cabelo, não definitivamente, ou de usar suas perucas de cabelo liso. Tudo bem que ela fica linda, acho difícil essa mulher ficar feia de alguma forma. Mas prefiro o seu cabelo natural, esses cachos tão lindos e definidos, mesmo que às vezes precise dormir com touca de cetim para os manter.

Ela é linda de todas as formas, principalmente como está agora. Seu lindo corpo, totalmente nu, deitado de forma relaxada na nossa cama. O fino lençol branco cobre até a sua cintura, deixando todo o seu tronco de fora.

Desço meu dedo pela pele de chocolate, passando pelo vale dos seus seios desnudos. Estes estão com marcas da nossa noite, com pequenos roxos pela região graças aos meus chupões. Calo a enorme vontade de os segurar e levar a minha boca, voltando para o seu lindo rosto e continuando a admirar.

Desde pequeno sou fascinado por essa mulher, sua beleza sempre me tirou o ar e me deixou desnorteado. Meus pais não gostavam muito dela por ser negra, diversas vezes me mandaram se afastar para não me sujar.

Graças a esse mesmo motivo, nunca se deram tão bem com a família dela, pois a minha tia se casou com um homem de cor e eles jamais a perdoaram por "sujar" nossa genética perfeita. Quando contamos o que temos, eles a julgaram ainda mais.

De início não entendia porque tanta implicância, hoje tenho conhecimento que é por causa do racismo. Agradeço muito a tia Scarllet, mãe do Dom, que sempre foi muito presente e me ensinou o quão errado é julgar alguém pela sua cor. Ela me ensinou que pessoas negras são tão lindas, talentosas e inteligentes quanto as brancas. Que, na verdade, não importa a cor da pele, mas sim o que a pessoa traz em seu coração.

Eu via muito Amanda escondida, a tia sempre foi minha cúmplice. Ela me chamava para ficar com o Domenick e realmente brincávamos juntos, mas Amanda também estava lá. Eu não gostava de esconder, mas era melhor do que não a ver mais.

Estudamos juntos a adolescência toda, ninguém nos desgrudava. Por causa de todo o preconceito que nos envolvia, eu sufocava os meus sentimentos e fingia que não existiam. Até o dia que ela veio me contar, aos 17 anos, que beijou um menino da sua turma e ele tirou o seu BVL.

O ciúmes explodiu junto com todo o sentimento que guardava, soquei a cara do garoto até não conseguir mais. Ela era a minha doce menina pele de chocolate, ninguém poderia tocar, apenas eu. Desde sempre fomos um do outro.

Quando minha prima veio tirar satisfações, porque o verme não queria mais saber dela, eu a beijei. Porra, foi a primeira vez que eu beijei alguém e soube, naquele momento, que estávamos destinados a ficar juntos. Meti um foda-se para o que falariam, contei os meus sentimentos e sorrir feito um idiota ao descobrir que ela compartilhava deles.

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