Na manhã seguinte, sexta feira, Samantha acordou mais cedo do que o normal. Ela achava isso, pois sentia que não dormirá nada na noite anterior.
Depois de ter recebido a visita de sua amiga, e Camilo, seu chefe, ela teve uma noite de sono improdutiva e perturbadora diferente do que achava que iria acontecer.
Passou então longos momentos rolando de um lado para o outro trocando mensagens com seu admirador secreto que até hoje mantinha a sua identidade em segredo. Talvez ela estivesse se abrindo demais. Não sabia exatamente como este arranjou seu número de telefone e também não tinha provas para que pudesse afirmar que todas as suas intenções eram verdadeiras.
Estava sendo insensata demais nos últimos meses desde que passou a trocar mensagens recíprocas com ele, ou nem tão recíprocas assim, pois Samantha mais falava do que ouvia dele e isso estava a tornar-se perigoso. Pelo menos aos olhos de Eunice que era sua melhor amiga. Ela começava a suspeitar que esta pessoa que dizia apreciar Samantha, já a conhecesse pessoalmente e só estivesse brincando com ela.
Dizia isso e muitas outras coisas, situações hipotéticas que poderiam chegar a chamar a razão da amiga, que aparentemente preferia continuar a arriscar e ver no que dava, se realmente poderia no fim petiscar.
Sua irmã também não lhe saía da cabeça e isso como que a estava incomodando de alguma forma, se sentia apreensiva por ela não responder o bombardeamento de 20 ou mais mensagens que lhe mandava.
Levantou da cama e sentiu uma pontada na espinha quando seus pés entraram em contato com o chão frio. Havia deixado cair suco sobre o tapete antes de dormir e não se preocupou em colocar um novo no local, bem, agora ela bem poderia se arrepender de suas decisões.
Enquanto se dirigia lentamente ao cómodo adjacente, para fazer sua higiene matinal, resmungou insatisfeita ouvindo o seu celular tocar insistentemente e então voltou para procurá-lo entre os lençóis e edredons, mas acabou o encontrando debaixo da almofada quase sem bateria tal como sua dona em suas poucas horas de sono já mal dormidas.
— Alô? — bocejou distraída, colocando a mão por cima da boca.
Não ficou surpreendida ao decifrar o som da voz que falava do outro lado.
— Parece que alguém decidiu fazer manha na cama hoje. — a frase dita por Henrique Monteiro pareceu divertida, ou quase, esse não era o seu ponto forte, Samantha notara. — Boa tarde, Samantha!
— Bom dia Henri...— ela mesma interrompeu suas ações, parando no meio do caminho em direção ao banheiro e ao terminar a frase o cumprimentando — mas já?
— Eu sugiro que procure um relógio, são 15 para 1 da tarde.
Samantha entrou em choque e teve vontade de bater em si mesma. Tinha menos de 15 minutos para se arrumar para um combinado de á uma semana. Bateu na própria testa, chateada consigo.
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AMOR AO SEU DISPÔR
Romance"No coração pulsante de Luxemburgo, um país encantador e cheio de história, Samantha Borges, uma engenheira resiliente com um passado traumático, encontra-se no centro de um intricado triângulo amoroso. Samantha é uma força inabalável, uma mulher qu...