𝖺̀ 𝖻𝖾𝗂𝗋𝖺 𝖽𝗈 𝖺𝖻𝗂𝗌𝗆𝗈
Beatrice tentava recuperar o fôlego, ainda tremendo pela náusea que a abalara. A tensão na cozinha aumentava a cada segundo. O coração de Beatrice batia descontroladamente, o eco de sua respiração pesada preenchia o espaço apertado. Ela ouviu o barulho de passos pesados do outro lado da porta. O som familiar fez com que seu sangue gelasse. Charlie estava vindo atrás dela.
── Beatrice, abra a porta! ── a voz dele, insistente e carregada de uma fúria quase palpável, fez sua espinha gelar.
── Vai pro inferno! ── ela gritou de volta, segurando o telefone de emergência como se fosse um amuleto de proteção. A adrenalina pulsava em suas veias, e a raiva a tornava mais forte.
── Eu vou arrombar essa porta! ── Charlie ameaçou, e, em seguida, ela ouviu o impacto de seu corpo contra a madeira. A porta rangeu, mas ainda resistia.
── Você não pode fazer isso! Você não pode me obrigar!
Mais uma batida e a porta se contorcia sob a pressão dele. ── Você acha que pode escapar de mim? Você é minha, Beatrice! ── ele riu, um som sombrio que a deixou enjoada.
Com um último empurrão, a porta se abriu com um estrondo, e Charlie estava ali, como uma sombra escura, os olhos ardendo de uma fúria indomável. O choque do momento quase paralisou Beatrice, mas a raiva rapidamente tomou conta.
── Não posso acreditar que um dia... ── ela engasgou, as palavras fugindo dela enquanto a intensidade do ódio crescia. ── Você é uma mentira ambulante!
Charlie sorriu com um toque cruel.
── Olhe quem fala... a santa que acreditava em qualquer coisa — ele zombou, avançando. ── Era fácil demais enganar você, sabia? Como uma criança perdida, pronta para ser moldada.
── Covarde! ── Beatrice gritou, com um olhar que misturava ódio e desprezo. ── É isso que você sempre foi! Um monstro disfarçado!
Charlie, com uma calma perturbadora, deu um passo em sua direção, seu olhar sombrio cravado nela.
── E você é uma tola por ter acreditado em mim. ── ele sorriu, um sorriso frio. ── Não é como se eu tivesse me escondido tão bem assim, Beatrice. Você só preferiu fechar os olhos.
As palavras se transformaram em golpes, e a luta começou. Charlie a empurrou com força, e Beatrice se viu pressionada contra o fogão. O calor das chamas e o cheiro do gás começaram a invadir seus sentidos, mas a adrenalina a impediu de pensar. Ela se virou e começou a socá-lo com toda a força que tinha, sua raiva se transformando em um furor selvagem.
── Você não é nada além de um mentiroso! Um monstro! ── ela gritava, socando seu peito e rosto.
Ele revidou com um golpe, e Beatrice sentiu a dor queimando ao longo de seu braço. A briga se intensificava, cada um tentando derrubar o outro, um verdadeiro gato e rato. O fogo começou a se alastrar, e a fumaça tomou conta da cozinha, tornando tudo ainda mais caótico.
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𝒞𝐎𝐑𝐑𝐔𝐏𝐓٫ 𝒄𝒉𝒂𝒓𝒍𝒊𝒆 𝒎𝒂𝒚𝒉𝒆𝒘
Fiksi Penggemar𝒞𝐎𝐑𝐑𝐔𝐏𝐓 ㅤㅤ⎧♱ ㅤ❛ 𝘝𝗈𝖼𝖾̂ 𝗌𝗈𝗎𝖻𝖾 𝗊𝗎𝖺𝗇𝖽𝗈 𝗆𝖾 𝖾𝗌𝖼𝗈𝗅𝗁𝖾𝗎 𝘌𝗎 𝖾𝗋𝖺 𝗇𝖺𝖽𝖺 𝖺𝗅𝖾́𝗆 𝖽𝖾 𝖼𝗈𝗆𝗎𝗆 𝘌 𝖺𝗀𝗈𝗋𝖺 𝗈 𝗏𝖾𝗇𝗍𝗈 𝖾𝗌𝗍𝖺́ 𝗌𝗈𝗉𝗋𝖺𝗇𝖽𝗈 𝘓𝖾𝗆𝖻𝗋𝖺𝗇𝖽𝗈 𝗏𝗈𝖼𝖾̂ 𝖽𝗈 𝗊𝗎𝖾 𝗏𝗈𝖼𝖾̂ 𝗌𝖺𝖻𝖾 𝘝𝗈𝖼�...