CAPÍTULO 11 - CONEXÕES

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A conversa prosseguiu, e, embora as tensões estivessem lá, havia um fio de esperança começando a se entrelaçar com a incerteza. As risadas, embora misturadas com a dor, pareciam me lembrar que havia ainda algo a ser cultivado entre nós.

- Bom eu tenho que ir, aconteceu um imprevisto famíliar. - disse Arthur depois de atender uma ligação. - Amor, consegue voltar pra casa em segurança?

- Claro querido, até amanhã. - disse beijando ele. É nessas horas que eu agradeço por ser cega, não precisaria ver uma cena dessas.

- Tchau Julia, foi um prazer te conhecer. - não o respondo, sentindo ele ir embora.

- Bom eu tenho que ir, aconteceu um imprevisto famíliar. - disse Arthur depois de atender uma ligação. - Amor, consegue voltar pra casa em segurança?

- Claro querido, até amanhã. - disse beijando ele. É nessas horas que eu agradeço por ser cega, não precisaria ver uma cena dessas.

- Tchau Julia, foi um prazer te conhecer. - não o respondo, sentindo ele ir embora.

- Eu também já estou indo. - digo pegando minha bengala e me levantando da mesa.

- Espera, eu te acompanho. - disse Jenna se pondo ao meu lado.

Enquanto começamos a caminhar em direção à saída do restaurante, a presença de Jenna ao meu lado era um alívio. A calçada estava coberta por uma leve brisa da noite, e a cidade pulsava com sons de risadas e conversas que ecoavam ao nosso redor. Não conseguir ver as luzes brilhantes da cidade não diminuía a beleza do momento; eu ainda sentia a energia vibrante do ambiente.

- Sinto muito pela presença do Arthur - Jenna disse, quebrando o silêncio que se instalou entre nós. Sua voz carregava uma mistura de preocupação e empatia. - Ele tem uma maneira de... bem, sabe como é.

- Não se preocupe com isso. - respondi, tentando parecer indiferente, embora as emoções ainda estivessem à flor da pele. - Ele é só um garoto entusiasmado, certo?

- É, mas eu não quero que você se sinta desconfortável. - Jenna insistiu. - Você é minha amiga, e sua felicidade é importante para mim.

Senti um nó se formar no meu estômago. Aquela preocupação era um lembrete do quanto ela se importava, mas também do quanto eu me sentia perdida. A insegurança ainda me acompanhava, como uma sombra persistente.

- Eu aprecio isso, realmente. - disse, buscando as palavras certas. - É só que, às vezes, me sinto como se estivesse observando de longe. Como se você e Arthur estivessem em um mundo diferente.

Jenna parou por um momento, e eu pude sentir sua respiração se intensificar.

- Julia... - ela começou, sua voz um pouco trêmula. - Eu não quero que você se sinta assim. Não há nada mais importante para mim do que a nossa amizade.

A sinceridade nas palavras dela me fez sentir um calor em meu coração. O mundo ao meu redor desapareceu por um instante, e tudo que importava era a conexão que ainda existia entre nós.

- Eu sei que você se importava, mas eu... - hesitei, procurando as palavras certas. - Às vezes, eu me sinto tão distante de tudo, e isso me assusta.

- Você não precisa ter medo - Jenna disse, sua voz firme e cheia de carinho. - Eu estou aqui, e isso não vai mudar. Você é uma parte fundamental da minha vida, Julia.

Aquelas palavras me tocaram profundamente, e eu senti meu coração bater mais forte. O peso da insegurança que carregava começou a se dissipar, mesmo que apenas um pouco.

- Obrigada, Jenna. - murmurei, um sorriso involuntário se formando em meus lábios. - Você sempre sabe o que dizer.

Voltamos a caminhar, e a pressão de sua presença ao meu lado era um conforto. Chegamos à entrada do estacionamento, onde o som de carros se misturava com a música que ainda ecoava ao longe.

AMOR EM CORES VIVAS - JENNA ORTEGA / GP!Onde histórias criam vida. Descubra agora