┄ ♡ - conteúdo adulto;
𓏲 ♥︎︊︊︊ 𖦹 : Uma reviravolta leva Jung Kook à beira da loucura, mas Yun-Hee vai fazer de tudo para salvá-lo enquanto tenta acalmar a própria mente sem o namorado.
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Eu tinha esperado apenas os primeiros raios de sol e ido para onde eu não era bem vista: a HYBE. Cobri parcialmente minha roupa apertada com uma jaqueta e coloquei meus óculos escuros, era bem cedo, o primeiro horário da troca de seguranças antes do expediente.
Meu comprador tinha deturpado e clareado minha mente em um golpe, no valor de 30 milhões de wons só na madrugada passada, então óbvio, que eu precisava averiguar e só tinha uma pessoa que podia me ajudar à essa altura com o que eu precisava, o problema era que ele era tão fiel ao Bangtan quanto eu tinha sido, e incorruptível, o guarda-costas mais famoso e cobiçado da Córeia.
— Preciso de ajuda. - à essa altura eu tinha pedido favores demais e devia favores de mais também.
— Eu nunca vi você pedir ajuda, deve ser grave... vamos sair daqui. - eu o tinha aguardado no estacionamento dos seguranças, mas em poucos minutos os demais funcionários da empresa apareceriam e meu pai não podia sonhar que eu estava ali novamente. — O que houve?
Só tinha uma coisa que tirava o Sr. Lee do sério, e era o próprio Bangtan, então eu apelei.
— Tenho uma suspeita que algo está acontecendo com o maknae, e não sei o que é. - falei em um tom mais baixo. — Algo grave.
Mas foi só a última parte que chamou sua atenção. Nós fomos direto para a salinha azul nos fundos do prédio. Poucos sabiam, mas era a famosa sala de controle onde todas as câmeras da empresa, da casa dos idols, de seus carros, de sua família podiam ser controladas, uma sala estreita e apertada, que por fora não passava de um banheiro, por dentro um mundo privado e recluso escancarado que pouquíssimas pessoas tinham acesso, atualmente apenas o Sr. Lee, os CEOS da HYBE, e alguns seguranças de alta confiança do meu pai, já que a intimidade de todos que faziam a empresa girar estava ali.
Mas 30 milhões de wons era o que me preocupava. Um motoqueiro aleatório ter me ajudado na periferia da cidade no meio de uma madrugada qualquer não era nada, mas pouca gente na Coréia estava disposto a pagar esse preço por uma mulher, e mais se ela fosse desconhecida e estivesse seminua em uma festa de atividades suspeitas, para não dizer condenadas pela sociedade, então eu parei de negar e resolvi aceitar.
— Hum.. deixa eu...
O Sr. Lee digitou a senha mestra que liberava todo o acesso. Ela era trocada frequentemente, pelo menos uma vez por mês, em respeito e por não ser mais a chefe de segurança eu virei de costas e encostei parte do meu corpo na mesa, por conta da sala ser muito estreita e mal caber uma pessoa.
— Vamos ver... alfa 01... - esse era o codinome de Jung Kook.
Eu me virei enquanto o Sr. Lee destrinchava todas as câmeras do maknae na frente do meus olhos, sua casa em construção, suas garagens, sua academia, seu apartamento. Ele rebobinou as últimas vinte e quatro horas, inclusive a madrugada na festa da Taste, mas nada de estranho apareceu.
— Ele anda ficando bastante em casa, tem feito lives, canta à noite toda... às vezes, outro dia até dormiu em uma delas. E olha que antigamente ele saía muito nas madrugadas, lembra?
— Lembro.
Comigo, mas não era algo que o Sr. Lee precisava saber.
— Volta aqui... - eu apontei a câmera de saída e de entrada do apartamento. — Ele cortou o cabelo? - pisquei confusa.
— Ah.. é, ele me disse que vocês dois não... - querendo ou não Sr. Lee acabou descobrindo que nós dois estávamos juntos quando transamos na escadaria do prédio de Jung Kook e eu esqueci das câmeras. Eu não me orgulhava, mas tinha sido incrível, então também não me arrependia. — Desculpe, ele cortou ontem, por conta da nova campanha. Ele mesmo cortou.
— Percebi.
Jung Kook entrava no apartamento exatamente às seis da tarde, com roupa de academia segurando um saco de ração e não saía mais de lá, o cabelo todo torto, precisava de ajustes na parte de trás, em um corte bem exótico até para ele. Eu voltei e avancei o vídeo inúmeras vezes, sem acreditar ainda no que eu via.
Não era ele.
Pela primeira vez me vi completamente sem direção, parte de mim aliviada por não ser ele, e parte de mim decepcionada porquê ele realmente não se importava comigo.
— Do que você suspeita, Yun-Hee?
— Não sei, mas... - Jung Kook tinha acordado no exato momento que o analisávamos e andava pela sala só de cueca, eu aproximei meus olhos da câmera que o acompanhava.
Era o tipo de imagem que eu apagava semanalmente dele, quando ele esquecia de desativar uma das suas câmeras internas, as únicas que teoricamente ele teria controle, todas as externas eram controladas pela HYBE, sob ordens de meu pai. Eu encarei sua imagem e quase como um contato sobrenatural ele olhou para a câmera de volta, como se soubesse que eu o vigiava, depois de alguns segundos finalmente ele a desligou.
— Sr. Lee, cadê as outras câmeras? - perguntei, vendo Jung Kook desaparecer ao vivo da imagem maior.
— Outras? Que outras?
Eu puxei a cadeira entre nós dois e me esgueirei entre a mesa e ela para comandar as imagens, o apartamento de Jimin apareceu imediatamente como beta 02.
— O beta tem oito câmeras, todas as que mandei instalar, olha... - eu mudei de volta para o apartamento de Jung Kook. — Mas o alfa só tem seis.
Te peguei!
O Sr. Lee arregalou os olhos e tirou o controle das minhas mãos, conferindo todas as outras residências dos demais idols, só Jung Kook tinha duas câmeras fora de funcionamento, que nem apareciam nas imagens.
— O que aconteceu? - ele perguntou preocupado.
Demoraria um tempo para que ele conseguisse identificar que as duas câmeras eram justamente as de saída secundária e do estacionamento da moto nova que o maknae tinha construído, mas eu tinha instalado as duas, eu tinha dormido mais noites naquele apartamento, usado mais vezes aquela saída e subido muito mais que qualquer outra pessoa naquela moto.
— Sr. Lee observe de perto o maknae, por favor não comente com ninguém, e eu vou descobrir o que é.
Eu deveria ter demorado menos para aceitar mas ou eu ia atropelar Jung Kook com ódio do que ele fazia ou ia casar de uma vez com ele, de qualquer forma seria tudo com ele.
