Legacy • Jung Kook ▪︎ Apocalipse (02)

Golden's

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— Hey, Mr. Lee... você consegue me alcançar? 

Ele me achou no meio de Seul, reconheceu o blindado de sua empresa e abaixou o vidro para provocar o motorista, sorrindo com todos os dentes, enrugando seu nariz e iniciando uma competição imaginária que só ele queria participar.

Ele é tão lindo animado assim.

— Esse garoto... eu praticamente ensinei ele a andar... e olha isso. - o novo carro, ainda mais poderoso deslizou na nossa frente e mesmo com todo o esforço do segurança em segui-lo, Jung Kook quase desapareceu.

Estava quase amanhecendo, Jung Kook fez Jaehyang segui-lo até o final da ponte da cidade, onde estacionou e desceu do carro, aguardando por mim.

— Você dá conta? - Jaehyang perguntou ao abrir a porta.

— Sim. Eu ligo se precisar de alguma coisa, obrigada. Por hoje, você pode descansar. - o dispensei com um cumprimento de agradecimento, minha segunda providência seria aumentar seu salário, ele era o único da segurança que eu podia confiar.

— Se um dia vocês tiverem um filho, por favor não me peça para ser o segurança dele... depois dos sete eu pretendo me aposentar. - fez uma piada ao se despedir de Jung Kook à distância enquanto eu me afastava.

O maknae olhava o Rio Han, recostado no capô de seu novíssimo carro, sem nenhuma identificação, sem cores chamativas, sem sistema de luzes externas, ao invés de um teto solar, a parte superior inteira era retrátil. Com calma eu caminhei até ele, era esse momento que eu via quando fechava os olhos, como se ele fosse o único raio de sol de todas as minhas noites escuras, apenas ali existindo.

— Um Porsche? - perguntei me aproximando, também encostando no carro e encarando o rio, lado a lado com ele.

— Difícil de ser alcançado. Esse vestido não era mais longo?

— Mais fácil de se locomover.

A mão direita, devidamente coberta por seu moletom favorito da Supreme, puxou minha cintura, deslizando minha bunda pelo capô até mais perto dele, até que minha perna encostasse na sua, e literalmente estivéssemos lado a lado. 

— E agora? - ele me perguntou, abrindo o zíper de seu moletom.

— Agora eu vou destruir tudo, Jung Kook. - respondi, ainda olhando o horizonte e os primeiros raios de sol bem ao longe do rio Han.

— Aish. Eu imaginei, bom... - ele tirou um braço do moletom e me envolveu. — Eu tô pronto.

— Era isso que você queria? - do bolso direito, de restos de um Valentino que eu tinha usado no começo da noite, eu entreguei meu telefone com todos os arquivos copiados.

— Sim. - os olhos grandes reluziram com os primeiros raios de sol completos. — Conseguiu copiar tudo? - guardou meu telefone no bolso da calça.

— Sim, tudo aí e em mais algumas cópias de segurança.

Ele mordeu o piercing uma vez só, parecia em paz, tão calmo quanto eu estava, depois de meses de separação. Jung Kook me rodopiou, dessa vez para que eu saísse do apoio em seu carro e fosse direto para sua frente, me encaixasse entre suas pernas, e sentisse seu corpo quente no meu.