The Star

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Por Jeon Jung - Kook


No passado:


Ela era como uma

música do Chase Atlantic.

Moonlight;

Int to it;

Swim;

ꕀ ꕀ ꕀ ꕀ ꕀ ꕀ ꕀ


Essa mulher era algo muito além. Além do que o senso comum sequer podia imaginar, aquelas tatuagens pelo seu corpo musculoso, os olhos grandes mestiços com o formato repuxado oriental, a boca avermelhada, com foco em seu lábio inferior volumoso, e o manto que eu considerava seu cabelo preto, delineando com maestria suas costas definidas, até a bunda perfeita, minha mulher.

— Por quê você tá me olhando assim, amor?

Minha mente costuma ser mais caótica do que eu consigo expressar, ao longo dos anos precisei escapar do caos mental pelo prazer da dor, do proibido, do errado. Aqui entravam as agulhas que marcavam e furavam minha pele, minha sede por adrenalina, esportes radicais, hobbies novos, o uso do vape e a afronta clandestina ao mundo doentio que eu estava inserido. Mas com ela, não tinha caos, nenhum pensamento intrusivo passava por mim, ela levava tudo.

— Eu só estou... admirando você, pode continuar, minha estrela. - fiz um leve carinho em sua orelha arrumando seu cabelo e ela voltou à se concentrar no tablet.

— Aqui, esse é o satélite da HYBE... e esse o meu, o que eu fiz foi invadir o satélite e duplicar todos os dados... assim eu tinha acesso às localizações de quem eu quisesse...

— E como você duplica os dados de localização em tempo real? - eu tentava me concentrar nas explicações, mas acontece que ela estava linda vestida em meu moletom, o cabelo enrolado  com uma caneta e meus óculos de graus na cabeça, porquê ela não precisava.

— Eu inventei um algoritmo para fazer isso, simples, né? - ela sorriu para mim, e de repente sem querer meu nariz se enrugava inteiro e eu sentia minhas bochechas corarem sorrindo de volta.

Yun-Hee quase nunca sorria, ela tinha esse senso de ser responsável por tudo, estava sempre conectada, na fase da HYBE e da ONG, chegava a dormir com os dois celulares, um em cada mão, isso refletia nessa maneira dura e perfeccionista que ela levava a própria vida principalmente sobre ela mesma. Por isso, a vê-la sorrir assim era um evento que me paralisava um pouco, eu sempre sorria, era no meu sorriso que eu conseguia dissipar um pouco da cobrança que dez anos da indústria musicista coreana tinha me incutido, confesso, às vezes eu sorria no automático, então seu sorriso verdadeiro, era uma das melhores partes do meu dia atualmente.

 — Isso não é contra lei? - eu levantei uma sobrancelha a provocando, enquanto os olhos piscavam para mim, a acomodei em meus braços, meio de lado, para que ela pudesse ficar parcialmente sentada em meu colo e ainda me mostrar seus dotes clandestinos.

Legacy • Jung Kook ▪︎ Apocalipse (02)Onde histórias criam vida. Descubra agora