Nosso fim

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Atenção: se você caiu aqui de paraquedas, esta história tem uma parte um, e depende dela para ser compreendida. É necessário que se leia todas as história escritas anteriores à ela, para que você não fique perdido e consiga entender os detalhes e ela também: a história - chave, ou seja, a partir daqui todas as outras histórias serão interligadas à ela. Basta procurá-las em meu perfil.

Além disso, ela tem um formato completamente diferente de tudo que escrevi, nós vamos lidar com o passado e o presente ao mesmo tempo, então é preciso bastante atenção para não se confundir e compreender a ordem correta dos fatos. Vamos lá!

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Início.





06 meses depois:

Eu não me sentia mais em casa, e ele para mim era um estranho, os olhos que eu costumava conhecer, que eu tinha me habituado a me perder todas as noites não focavam mais em mim, não focavam em mais nada. Encaravam o vazio, com pontos pretos opacos em suas pupilas dilatadas, sem fagulhas brilhantes, sem estrelas, sem galáxia.

Eu devia ter previsto esse ponto.

Ele estava diferente esta noite. Muitos que não o conheciam talvez dissessem que ele era um rapaz estranho, que o maknae tinha picos de energia intercalados com baixa vontade de viver, onde ele só queria ficar quieto sem pensar em nada, sem ser incomodado e sempre voltando a intercalar com seus picos de energia em que ele lutava boxe imaginário, ou rodopiava na rua até se cansar, mas esta noite ele estava estranho, ele não era ele mesmo.

Era um dia comum para nós, corriqueiro como a maioria dos casais costumam passar, ele tinha me esperado na porta da ONG ao fim do expediente de moto, agora o super habilidoso Jung Kook também dirigia motos, e dos mais variados estilos, tinha começado com cilindradas mais baixas, dominado as motos antigas, paixões de colecionadores, e estava quase me vencendo nas esportivas quando apostávamos corrida. Se eu era boa em tudo que fazia, Jung Kook conseguia aprender mais rápido e melhorar tudo que fazia.

Éramos o casal perfeito.

Mas ele me beijou de um jeito diferente no estacionamento da ONG quando me entregou o capacete, seus olhos se fecharam antes mesmo da sua boca encontrar a minha, e ele franziu a testa preocupado, as duas mãos quase sempre inquietas costumavam se acalmar em meu corpo, nos bolsos da minha calça, delineavam minha cintura, às vezes segurando meus braços, e muitas outras quando ele acariciava meu pescoço com leveza.

Essa noite não teve nada disso, foi um beijo longo e demorado, um único beijo - sua testa franzida ao ponto de enrugar a minha própria, quando ele inclinou a cabeça para frente. Eu sabia que ele passava por muita coisa esses dias, a ida de Jin e J-Hope não tinha sido fácil, especialmente para mim e para ele.

— Vamos jantar hoje? Não consigo fazer mais uma noite de jejum, preciso comer... - ainda assim com a mente mais caótica que eu tinha conhecido, ele conseguia ser bom.

Legacy • Jung Kook ▪︎ Apocalipse (02)Onde histórias criam vida. Descubra agora