ೃ 𝗟𝗫𝗫𝗩𝗜𝗜𝗜. CAPITULO SETENTA E OITO 💀 。゚

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"A conversa entre Andrômeda e Nico"

Nenhum de nós estava ansioso por viajar naquela noite, então decidimos
esperar até a manhã.

Grover e Percy desabaram nos sofás de couro na sala de estar de Geríon, bem mais confortáveis que um saco de dormir no chão do Labirinto, imagino.

Eu estava cansada pela primeira vez em muito tempo. Mas não queria dormir, não agora.

Eu estava na varanda, observando a fazenda que nos rodeava. Em um outro momento, ali pareceria um lugar agradável.

Uma vida tranquila no campo. Parecia um bom plano para o futuro.

Se é que existirá um.

— Oi. — Nico disse ao chegar na varanda.

Ele não parecia estar mais com tanta raiva como estava há algumas horas, tampouco parecia feliz em estar ali

— Oi — O respondi, suspirando cansada

Ele se juntou a mim no vento frio, também se apoiando no apoio da varanda. Em um determinado momento, na qual eu não sei quando, as lágrimas se acumularam em meus olhos e escorreram pela minha face.

Eu estou tão cansada. De toda essa situação, de toda a dor, de toda a morte.

Nico apoiou sua mão perto da minha, ao ponto de nossos dedos mindinhos se encostarem minimamente

— Eu sinto muito, Nico — Falei entre um soluço e outro — Você não merece passar por tudo isso, eu queria que tivesse sido eu, juro por Hades! Não tem um noite em que eu não me arrependa de não ter conseguido agir

Ele não disse nada, mas virou seu rosto para mim, eu ainda olhava para frente.

— Eu havia a prometido que cuidaria de vocês, Maria me odiaria se pudesse me ver agora.

— Maria é a minha mãe? — Ele disse pela primeira vez e eu assenti — Você a conheceu? Por que não me disse nada?

— Eu só me lembrei disso um momento antes de Bianca... — Falei — Tive uma memória, algumas outras, sobre vocês, foram voltando

— Do que se lembra?

— No geral, do dia em que Hades disse que eu teria uma nova irmã, do dia em que você nasceu, de como sua mãe deixou eu escolher seu nome — Sorri com as lembranças fracas em minha cabeça — De quando deixei vocês no Hotel... — Franzi o cenho — O resto é um grande borrão.

— Quantos anos nós temos? — Nico divagou

— Vocês? Entre uns 70. Eu? Não faço a mínima ideia

Ele me olhou com os olhos assustados, mas foi se conformando aos poucos, por um único milésimo de segundo, ele ainda parecia o mesmo garotinho que arrastou seu colchão para dormir perto de mim no acampamento.

O silêncio nos abraçou novamente, eu estava a um ponto de entrar novamente para o chalé e me aconchegar no sofá ao lado de Percy, mas então Nico suspirou e eu o olhei por instantes

— Eu não te odeio, Andrômeda

Sua voz saiu baixa e em um murmúrio. Ele não parecia certo sobre aquilo, mas meu coração perdeu três quilos a menos de preocupação

— Eu realmente sinto muito, Nico — Falei — Eu estraguei tudo, de novo — Olhei para o horizonte da fazenda — É estranho ter o título de princesa dos mortos, sabe? Ainda mais quando não se sabe como lidar com a morte

DARK SOUL ↬ percy jackson e os olimpianosOnde histórias criam vida. Descubra agora