ೃ 𝗟𝗫𝗫𝗫𝗩𝗜. CAPITULO OITENTA E SEIS💀 。゚

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"Nossa volta ao labirinto"

A porta de metal estava um tanto escondida atrás de um cesto de toalhas sujas do hotel. Não vi nada de estranho nela, mas Rachel nos mostrou onde olhar, e reconheci a letra azul levemente marcada no metal.

— Não é usada há muito tempo — disse Annabeth.

— Tentei abri-la uma vez — disse Rachel —, só por curiosidade. Está emperrada por causa da ferrugem.

— Não. — Annabeth deu um passo à frente. — Só precisa do toque de um meio-sangue.

Assim que Annabeth pôs a mão a marca emitiu seu brilho azul. A porta de metal foi deslacrada e se abriu com um rangido, revelando uma escada escura que levava para baixo.

— Uau! — Rachel parecia calma, mas eu não sabia se ela estava fingindo.

Tinha vestido uma camiseta surrada do Museu de Arte Moderna e um jeans rabiscado com caneta hidrográfica, a escova de plástico azul aparecendo no bolso. O cabelo ruivo estava preso atrás, mas ainda havia partículas douradas nele e vestígios de glitter no rosto.

Continuava muito bonita, o que era bem irritante.

— Então... vocês primeiro?

— Você é a guia — Eu disse com ironia. — Vá na frente.

A escada descia para um amplo túnel de tijolos. Estava bem escuro, mas Percy e Annabeth trouxeram mais lanternas

Assim que as acenderam, Rachel gritou.

Um esqueleto sorria para nós. Não era humano. Só para começar, era imenso — tinha pelo menos três metros de altura. Fora enforcado, acorrentado pelos pulsos e pelos tornozelos, formando um X gigante no vão do túnel, possuía uma órbita negra e única no centro do crânio.

— Um ciclope — disse Annabeth. — E muito velho. Não é... ninguém que conheçamos.

Não era Tyson, era o que ela queria dizer. Mas isso não fez eu me sentir muito melhor. Ainda tinha a impressão de que ele fora colocado ali como um aviso. Eu não queria deparar com o que quer que pudesse matar um ciclope adulto.

— Você tem um amigo ciclope? — Rachel engoliu em seco.

—Tyson — Percy disse. — Meu meio-irmão.

— Seu meio-irmão?

— Espero encontrá-lo aqui embaixo — afirmou — E Grover, que é um sátiro.

— Ah! — A voz dela quase sumiu. — Bem, então é melhor irmos andando.

Ela passou por baixo do braço esquerdo do esqueleto e continuou andando. Percy e eu trocamos olhares.

Mas acabei dando de ombros.

Seguimos Rachel, adentrando mais no Labirinto. Cerca de quinze metros depois chegamos a um cruzamento. A frente, o túnel de tijolos continuava. A direita, as paredes eram feitas de antigas placas de mármore. A esquerda, o túnel era de terra e raízes de árvores.

Percy apontou para a esquerda.

— Aquele parece o túnel pelo qual Tyson e Grover seguiram.

Annabeth franziu a testa.

— Sim, mas a arquitetura à direita, de pedras antigas... é mais provável que aquele nos leve a uma parte antiga do Labirinto, na direção da oficina de Dédalo.

— Precisamos seguir em frente — disse Rachel.

Annabeth e eu olhamos para ela.

— Essa é a escolha menos provável — afirmou Annabeth.

DARK SOUL ↬ percy jackson e os olimpianosOnde histórias criam vida. Descubra agora