ೃ 𝗫𝗟𝗩. CAPITULO QUARENTA E CINCO 💀 。゚

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"O genial plano de Percy Jackson"

Dentre outras milhares de coisas que aconteceu conosco, nós sobrevivemos.

Sobrevivemos a Polifemo, a exaustão, ao nosso navio afundando e nos levando junto e ao delicioso cochilo no amigo de Arco-íris, o cavalo-marinho.

A distância, o sol se punha atrás da silhueta de uma cidade. Pude ver uma rodovia litorânea ladeada por palmeiras, fachadas de lojas brilhando em neon vermelho e azul, um porto cheio de veleiros e navios de cruzeiro.

— Miami, eu acho — disse Annabeth. — Mas os cavalos-marinhos estão agindo de um jeito engraçado.

Foi a primeira coisa que ouvi quando Percy me acordou delicadamente.

Certamente, nossos amigos aquáticos tinham reduzido a velocidade e estavam relinchando e nadando em círculos, farejando a água. Não pareciam felizes. Um deles espirrou.

Cavalos-marinhos espirram?

— Aqui é o mais longe que eles podem nos levar — disse o garoto atrás de mim. — Seres humanos demais. Poluição demais. Teremos de nadar até praia sozinhos.

Nenhum de nós ficou muito entusiasmado com aquilo, mas agradecemos a Arco-íris e seus amigos pela carona. Tyson chorou um pouco. Soltou o alforje improvisado que tinha feito, contendo seu conjunto de ferramentas e um par de outras coisas salvas dos destroços do Birmingham. Depois abraçou o pescoço de Arco-íris, deu-lhe uma manga encharcada que colhera na ilha e disse adeus.

Fofo

Depois que as crinas brancas dos cavalos-marinhos desapareceram no mar, nadamos para a praia. As ondas nos empurraram para a frente e num piscar de olhos estávamos de volta ao mundo mortal. Perambulamos pelos cais dos navios de cruzeiro, abrindo passagem por entre uma multidão que chegava para viagens de férias.

Carregadores se ocupavam com carrinhos de bagagem. Taxistas gritavam um para o outro em espanhol e tentavam furar a fila para pegar passageiros. Se alguém reparou em nós - seis crianças encharcadas e com aparência de quem acaba de lutar com um monstro -, não deixou transparecer.

Agora que estávamos de volta entre mortais, o olho único de Tyson estava velado pela Névoa. Grover enfiara seu boné e os tênis. Até o Velocino se transformara, de uma pele de carneiro em uma jaqueta colegial de couro vermelha e dourada com um grande ômega reluzente no bolso.

Annabeth correu para a banca de jornais mais próxima e conferiu a data no Miami Herald. Ela praguejou.

— Dezoito de junho! Estivemos longe do acampamento por dez dias!

— É impossível! — disse Clarisse.

Mas eu sabia que não era. O tempo passava de um jeito diferente em lugares monstruosos. Assim como no Mundo Inferior

— A árvore de Thalia já deve estar quase morta — lamentou-se Grover. — Temos de levar o Velocino para lá esta noite!

Clarisse desmoronou na calçada.

— Como vamos fazer isso? — A voz dela tremeu. — Estamos a centenas de quilômetros de distância. Sem dinheiro. Sem transporte. Exatamente como disse o Oráculo. A culpa é sua, Jackson! Se você não tivesse se metido...

Eu não podia acreditar no que estava ouvindo. Como que depois de tudo aquela cria de Ares proliferava aquelas palavras?

— Clarisse... se você não calar essa boca eu farei com que não fale nunca mais! — Não que eu fosse ir pra cima dela, mas Percy me segurou como se eu fosse um pincher com raiva

DARK SOUL ↬ percy jackson e os olimpianosOnde histórias criam vida. Descubra agora