ೃ 𝗟𝗫𝗫𝗫𝗜𝗜. CAPITULO OITENTA E DOIS 💀 。゚

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"A despedida de Calipso"

Caminhei ao longo da praia por várias horas. Quando finalmente voltei à campina, era já muito tarde, talvez umas quatro ou cinco da manhã, mas Calipso ainda estava no jardim, cuidando das flores à luz das estrelas.

Seu enlace lunar brilhava, prateado, e as outras plantas respondiam à magia, brilhando vermelhas, amarelas e azuis.

— Ele ordenou que você voltasse — adivinhou Calipso.

— Bem, não exatamente ordenou. Ele me deu uma escolha.

Os olhos dela encontraram os meus.

— Prometi que não ofereceria.

— Oferecer o quê?

— A você que fique.

— Ficar — eu disse. — Tipo... para sempre?

— Você seria imortal nesta ilha — ela disse baixinho. — Nunca envelheceria ou morreria. Poderia deixar a luta para os outros, Andrômeda. Poderia escapar à sua profecia.

Eu a fitei, atônita.

— Assim, simplesmente? De todas as profecias?

Ela assentiu.

— Assim, simplesmente.

— Mas... meus amigos. Percy...

Calipso se levantou e segurou minha mão. Seu toque enviou uma onda de calor por meu corpo.

— Você perguntou sobre a minha maldição. Eu não queria lhe dizer, mas a verdade é que os deuses me mandam companhia de tempos em tempos. A cada mil anos, aproximadamente, eles permitem que um herói seja trazido até minhas praias, alguém que precise de minha ajuda. Cuido dele e me torno sua amiga, mas nunca é por acaso. As Parcas cuidam para que o tipo de herói que enviam...

Sua voz tremeu, e ela teve de parar. Apertei mais a mão dela.

— O que foi? O que eu fiz para deixar você triste?

— Elas enviam uma pessoa que não pode ficar — ela sussurrou. — Que não pode aceitar minha oferta de companhia por mais do que algum tempo. Elas me mandam um herói por quem eu não consigo... o tipo de pessoa por quem não consigo evitar me apaixonar.

A noite estava silenciosa, exceto pelo gorgolejo das fontes e as ondas batendo na praia. Levei muito tempo para perceber o que ela estava dizendo.

— Eu? — perguntei.

— Se pudesse ver seu rosto. — Ela reprimiu um sorriso, embora os olhos ainda estivessem lacrimosos. — É claro que é você.

— É por isso que você vem fugindo de mim o tempo todo?

— Tentei com afinco. Mas não consegui. As Parcas são crueis. Elas me mandaram você, minha princesa, sabendo que você partiria o meu coração.

— Mas... eu não sou um herói, Calipso

— Bem... Geralmente eles me enviam um herói, mas é a primeira vez que enviam uma garota e ainda por cima, uma princesa.— garantiu Calipso. — Mas isso não impediu para que eu não... me apaixonasse

Olhei para o horizonte. Os primeiros veios vermelhos da aurora iluminavam o céu. Eu poderia ficar ali para sempre, desaparecer da Terra. Poderia viver com Calipso, com criados invisíveis satisfazendo fazendo todas as minhas necessidades. Poderíamos cultivar flores no jardim, conversar com os pássaros e andar pela praia sob um céu perfeitamente azul. Sem guerras. Sem profecias. Sem tomar partido.

Mas isso também significa nunca envelhecer, deixar a profecia para Nico, nunca descobrir sobre meu passado, nunca mais ver meus amigos. Não poder conversar com Annie e ter uma tarde das garotas com Silena e nunca mais beijar Percy.

— Não posso — eu lhe disse.

Ela baixou os olhos, triste.

— Eu nunca faria nada para magoá-la — continuei —, mas meus amigos precisam de mim. Sei como ajudá-los agora. Preciso voltar.

Ela colheu uma flor do jardim — um pequeno ramo de enlace lunar prateado. Seu brilho se apagava à medida que o sol se erguia. O nascer do dia é uma boa hora para tomar decisões, dissera Hefesto. Calipso entregou a flor para mim.

Ela ficou na ponta dos pés e me deu um beijo na testa, como uma bênção.

— Então venha para a praia, minha princesa. E vamos colocá-la em seu caminho.

A jangada era uma plataforma de um metro quadrado feita de troncos amarrados, com um poste como mastro e uma simples vela de linho branco.

Não parecia resistente o bastante para o mar, ou mesmo para o lago.

— Vai levá-la aonde você quiser — prometeu Calipso. — É bastante segura.

Peguei sua mão, mas ela a puxou da minha.

— Talvez eu possa visitá-la — disse.

Ela sacudiu a cabeça.

— Ninguém encontra Ogígia duas vezes. Quando partir, nunca mais a verei.

— Mas...

— Vá, por favor. — Sua voz falhou. — As Parcas são cruéis. Apenas se lembre de mim. — Então um leve vestígio de seu sorriso voltou. — Plante um jardim por mim, ok?

— Eu prometo.

Calipso começou a se afastar da praia, era hora de ir. Mordi o lábio inferior e a chamei, ela se virou para mim e ficou parada me encarando.

Eu caminhei apressada até a garota e simplesmente colei nossos lábios.

Eu nunca havia beijado uma garota, mas eu gostei. Seus lábios eram macios e tinham um gosto doce.

— Sempre que olhar para as flores eu me lembrarei de você — Garanti para ela

— Sempre que eu olhar as estrelas... estarei pensando em ti, princesa — Ela me disse e eu sorri

Subi na jangada. Enquanto velejava, avançando no lago, eu me dei conta de que as Parcas eram mesmo cruéis. Elas enviavam para Calipso alguém que ela não conseguiria deixar de amar. Mas era uma via de mão dupla. Pelo restante da vida eu pensaria nela. Calipso seria sempre meu maior "e se...".

Em minutos a Ilha de Ogígia estava perdida na névoa. Eu velejava sozinha em direção ao sol nascente. Então disse à jangada para onde ir. Falei o nome do único lugar que me ocorreu.

— Acampamento Meio-Sangue — anunciei. — Leve-me para casa.

4/10

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4/10

capítulo curto apenas pra mostrar a despedida e o primeiro beijo da andrômeda em uma garota 😁😁

sinto que eu precisava colocar isso.

esse capítulo meio que teve referencia da música da katy perry: i kissed a girl kkkkkkkk

o que acharam?

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DARK SOUL ↬ percy jackson e os olimpianosOnde histórias criam vida. Descubra agora