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Algumas semanas se passaram.
Eu estou passeando pela praia. Assim como eu escrevi para Robby, que faria.
Não faço idéia se ele leu, eu estou perdida.
Não sei quando ele volta, ou se volta.

Eu não posso continuar em uma fase depressiva, assim. Eu preciso perder esse sentimento que eu tenho por ele.
Garoto idiota! Eu odeio ele, eu odeio, odeio, odeio! Quero que ele suma da minha vida para sempre! Eu não sei por que fui me apaixonar pelo único que eu não poderia ter alguma relação.

—Cat! - Uma voz masculina ofegante, se aproximou. Quando eu me virei, o culpado dessa minha tristeza.

—Eu finalmente te encontrei! Lí o que me escreveu, te procurei pela praia inteira! - Ele disse.

Eu pensei em socá-lo. Em bater, tapear. E o que eu fiz? Deixei as drogas das lágrimas escorrerem pelo meu rosto, enquanto eu pulava no colo dele, para um abraço.

—Eu senti tanta falta sua! - Odeio admitir isso.

—Eu já tinha desistido de mim. Eu iria ficar por lá! Mas eu vim, eu voltei, por você. - Eu fiquei confusa.

—Por mim? Por que? - Perguntei.

—Porque... - Ele suspirou. — Porque eu te amo. Eu pensei muito, muito em você! Eu não consegui tirar cada detalhe seu da minha mente. Lembrava da sua música favorita. "Não sei dançar." E eu ficava louco. Eu precisava te ver novamente, eu precisava te ter, e eu ainda preciso! - Ele disse.

—Eu não esqueci de uma palavra que você disse quando me visitou. Eu só sabia lembrar de você. - Ele suspirou, novamente.

—Eu nunca precisei de tão pouco tempo para sentir uma conexão com alguém, como foi com você. Meu coração explode! - Ele disse.
Eu tinha um olhar de cachorro pidão.
Eu odeio amar esse garoto.
Eu odeio amar alguém.
Eu odeio saber que eu preciso dele.

—Eu te amo, Caterina. Eu te amo como eu nunca amei alguém, eu não pude esquecer de você, e nunca vou. Seu olhar que sempre me pega, sua boca bem desenhada, seu cabelo sempre arrumado, seu estilo de roupa, seu corpo, suas lutas, a maneira de como você é sempre carinhosa. Eu odeio me apaixonar, mas infelizmente isso aconteceu. E eu posso levar o fora que for! Mas eu preciso dizer isso. - Ele tomou coragem.

—Eu preciso te tocar, sentir o seu beijo, sentir o seu amor, saber como é ser amado. Eu quero ter você para mim, tenho um apego em você, como não tive nem pelo meu pai. Você me enlouquece, eu...Que droga, estou chorando. - Ele riu.

—Eu te amo. - Ele me olhou surpreso.

—Estamos nós dois, chorando igual idiotas apaixonados. Mas, nós somos. - Eu falei.

—Promete nunca me deixar? - Ele perguntou.

—Prometo, se prometer nunca me magoar. - Eu falei.

—Eu prometo. - Fizemos o juramento de dedinho.

Eu segurei em seu pescoço, e ele passou as mãos pela minha cintura.

—Eu quero que você seja minha em todas as vidas. Em qualquer tipo de universo, eu preciso de você para sempre. Eu não dúvidas de que é você, quem eu quero. - Ele falou.

—Eu vou ser. Eu prometo. - Eu falei.

Nossos lábios se encostaram, meio receosos. Mas quando sentiram o toque, era como, deitar na cama depois de um dia cansativo.

Era como encontrar o meu conforto.

As mãos dele, passeavam pelo meu corpo. E as minhas, pela sua nuca.

Enquanto nós nos beijamos, o que vinha em minha mente, é que eu amo ele.

Eu amo muito!

Obrigada, obrigada por encontrar alguém, em um mundo cheio de pessoas ruins, amargas.

Robby parou o beijo de repente.

—Eu te prometo, quando eu voltar, vamos ser as pessoas mais felizes. Eu te amo, não desista de mim, por favor. - Ele disse isso.

Uma voz começou a ecoar.

—Acorda! - Anthony me chacoalhava.
Eu abri os olhos lentamente. Parando se sentir Robby. A areia nos pés. O pôr do sol.

Foi um sonho.

𝐃𝐚𝐝𝐝𝐲 𝐈𝐬𝐬𝐮𝐞𝐬 • Robby KeeneOnde histórias criam vida. Descubra agora