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Hoje, fazem 2 dias que Miguel levou alta, e 3 que Robby foi levado.
Três dias que eu tenho o mesmo sonho.

Robby sendo levado, implorando por ajuda. Mas quando eu olhava para o rosto dele, tinha um expressão de raiva, e um eco soava: "Me esquece, eu te odeio." Mas antes fe eu acordar, um grito ecoava na minha cabeça, "Socorro!" E então eu acordo. Toda fria, mas suando, e com o coração acelerado.

Hoje, não foi diferente.
Mas dessa vez, eu não escutei um grito, e sim, vi que Robby tinha visto a minha mensagem, e estava digitando.
Assim que acordei, eu estava tentando raciocinar tudo que havia acontecido. Olhei para o lado, o computador estava na conversa com Robby. Assim qur minha visão focou totalmente, percebi um "digitando."
Eu me levantei rapidamente da cama, e sentei na mesa. É isso! O Robby está me respondendo!
Esperei ansiosamente sua resposta, mas de repente, apareceu "desconectado."

Antes de mesmo, eu pensar em qualquer possibilidade, minha mãe abriu a porta do meu quarto.

—Ah! Já acordou? - Ele falou.

—Eu nem dormi. - Falei. Ela olhou nos meus olhos e se sentou na minha cama.

—Quer conversar sobre isso? - Pelo menos não é meu pai.

—Desde que Robby sumiu, eu não consegui tirar ele da cabeça. E eu não sei o motivo! Eu deveria o odiar, ele quase matou meu melhor amigo. Mas agora, é como se ele fosse da família, eu não sei o porquê de eu sentir tanta preocupação! - Falei.

—É amor. - Minha mãe disse, com olhos inocentes.

—Nem faz sentido ser! - Falei.

—É como se ele tivesse feito parte de toda sua vida? Como se fosse uma parte de você, que perdeu? - Minha mãe perguntou.

—Sim...? - Como ela sabe?

—Você gosta dele, só não quer assumir! - Minha mãe falou.

—Eu não gosto! Ele é só meu amigo, e olhe lá! - Falei.

—Quando você foi embora, Robby não conseguia tirar seu nome da boca. - Minha mãe disse, e um sorriso involuntário saiu.

—Ainda realmente acha que não sente nada por ele? - Minha mãe disse.

—Vamos visitar ele hoje. - Ela falou, na porta.

—Sério? - Perguntei.

—Só não deixa seu pai saber! Vamos ver se você não sente nada por ele, mesmo. - Minha mãe disse.

Eu fiquei feliz, mas irritada pela minha mãe achar que sinto algum tipo de atração por ele.

Comecei a me arrumar. Um cropped verde escuro e um short jeans preto.
Um all star preto também.

Os acessórios, mesmos de sempre! A minha corrente folheada á prata.

Já faz um tempo que a gente não se vê. Sinto saudades, mas se alguém me perguntar, vou disfarçar, dizer que não.
Isso não é só sobre ele, e nem por aquele maldito olhar.
Meu orgulho sempre faz eu me afastar das pessoas que eu mais amo, eu nunca admito que gosto de alguém.
Eu estou sendo extremamente orgulhosa. Preciso parar de negar os sentimentos.
Não adianta negar nas palavras, se meu olhar fala outra coisa.

Minha mãe me chamou, e nós fomos para o reformatório.
Ela disse que precisava urgente falar com Robby Keene, questões de família. Mas o segurança deixou apenas um entrar. Eu.

Sentei na mesa, olhei para um lado, minha mãe observando. Olhei para o outro e Robby vindo.
Meu coração começou a disparar, a primeira coisa que eu consegui reparar nele, foi o cabelo limpo. Ele finalmente tomou banho?
Ele usava roupas brancas e um casaco.
Meus dedos começaram a se bater, eu respirei fundo quando ele se sentou na mesa.

—Eu achei que fosse ser o seu pai. Menos mal, sendo você. - Ele disse.
E eu, eu senti um alívio instantâneo quando ouvi a voz dele.

Eu olhei nos olhos dele, e comecei a falar.
—Eu venho pensado em você, todos os dias. - Ele parecia confuso.

—Eu me senti culpada, comecei a pensar em diversas possibilidades de você não estar bem, sonhei com você pedindo ajuda. - Suspirei.

—Quando você fugiu, aquilo...Seu sumiço, me dominou de uma forma que não era para acontecer! Eu fiquei preocupada, ru até fiquei doente. Enfim. - Eu até ia continuar falando, mas ele segurou nas minhas mãos, e me deu um olhar doce.
Eu não percebi na hora. Mas eu estava basicamente derretida. Os olhos que eu olhei para ele, nunca tive para nenhuma outra pessoa.

—Você não teve culpa de absolutamente nada. Estar aqui é até bom! Eu tenho tempo de ler, e olha...era uma das coisas que eu mais odiava. - Ele disse.

—E teve tempo de brigar também, né? - Faleu, me referindo ao olhos roxo, e ele deu uma risadinha.

—Tivemos algumas complicações. - Ele falou. —Mas por favor, fica tranquila. Aqui está tudo bem, e, logo eu volto!

𝐃𝐚𝐝𝐝𝐲 𝐈𝐬𝐬𝐮𝐞𝐬 • Robby KeeneOnde histórias criam vida. Descubra agora