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Foi uma espera de minutos curtos, até a ligação acabar. Johnny havia se sentado na mesa, e passava a mão pelo cabelo, nervoso. Peguei um copo d'água e coloquei uma colher de sobremesa, de açúcar.

—Você parece nervoso. - O entreguei o copo.

Johnny, me deu uma olhada rápido e engoliu em seco.

—Não. Apenas alguns problemas. Questões familiares, sabe? - Johnny disse. Eu o encarei sinceramente, cerrei os olhos e molhei os lábios antes de falar.

—Você não tem família aqui.

—Droga.

Eu queria muita, muito! Poder rir, mas o clima estava tenso! Ele parecia tremer, mas não estava.

—Tio Johnny... - Me sentei na cadeira da frente. —Eu ouvi muito bem você discutindo com meu pai. O que aconteceu?

—Seu pai é um idiota! Desculpa...Mas esse Homem me tira do sério! Que cara chato. Ele acha que eu estou te prendendo em cativeiro!

—Que? - Eu fiquei em choque. Meu pai viaja muito! Cativeiro? Puta merda, viu!

—É isso mesmo. — Ele terminou de tomar a água.

—Agora, já para a cama! Amanhã temos um treino novo. - Johnny me acompanhou até meu quarto, e antes de eu entrar, ele me deu um beijo na testa, e um "boa noite" Eu me senti...Confortável.

No dojô...

Uma loira entrou no dojô. O sensei Johnny perguntou quem ela era. Mas ela não respondeu e falou apenas que queria lutar lá! E adivinha? Nem pensaram duas vezes antez de aceitar. Colocaram ela contra o Miguel e olha, ele perdeu por um erro do próprio.

—Tory, com "Y" - Tory...Bem, ela falou.

Ela estava por cima do Miguel e eu não pude deixar de sentir uma pontinha de ciúmes. Ciúmes pela Samantha! Quem essa cachorra pensa que é para ficar em cima do namorado da outras...
Ah, eles terminaram.

—Já está bom, não é? - Olhei para Johnny.

—Sim! Podem voltar as suas posições. - Johnny falou.

—Sensei Kreese...Quer explicar o treinamento? - Johnny parecia um pouco enojado.

—Então, Cada um de vocês vão lutar contra alguém que nós escolhermos. Mas, vai ser uma luta diferente. Irão lutar com almofadas nas mãos e nos pés. Isso vai servir para, treinar a força. Pois, Com algo fofo dificultando o golpe, vocês vão decidir se usarão a força ou o jeito. E eu, Kreese. Indico a força. Pode até ser que o jeito, de certo. Mas a força faz o golpe afetar mais.

Miguel estava me ajudando com as minhas almofadas que Johnny havia entregue na explicação. Apenas senti o olhar frio da Tory. Mas achei que poderia ser coisa da minha cabeça.

—Tory e Caterina, Miguel e Eli, Aysha e Bert - Kreese começou a dizer os nomes.

Eu e Tory, fomos para um canto e já começamos a treinar.

—Caterina? - Ela perguntou e me deu um soco.

—Sim. - Respondi, afastando a mão dela.

—Te vi lutar no regional. Luta bem! Mas acho que eu ganho. - Ela tentou um chute e só de raiva, eu virei a perna dela e a fiz cair.

—Vamos ver. - Falei.

Ela riu e se levantou.

Dei um soco em aeu peito, mas sem acertos. Essa almofada complica muito!

Nós duas rimos juntas, até que eu sem querer virei para o lado e vi meu pai na calçada.

Ela deu um soco em meu ombro. Eu dei um chute na mão dela, fazendo seu travesseiro voar. Puxe sua mão para ela cair, mas não caiu. Então eu bati meu pé, na canela dela. Quando caída, dei um soco em seu peito.

—Foi uma mistura de jeito e força. Excelente! Podem se sentar. - Kreese disse.

𝐃𝐚𝐝𝐝𝐲 𝐈𝐬𝐬𝐮𝐞𝐬 • Robby KeeneOnde histórias criam vida. Descubra agora