my new secretary - minsung

finalmente!

Naquele momento, em que todos os policiais e detetives estavam parados com suas armas apontadas para a mulher, sua cabeça era uma tremenda confusão de pensamentos.

Pensava em possibilidades de escapar. Pensava se seria morta ali mesmo ou se teriam pena de sua vida miserável. Afinal, estava naquela situação por causa de um homem que a abandonou para se relacionar com outra pessoa qualquer.

Talvez todo aquele sofrimento que passou pudesse ter sido poupado se ele a tivesse amado de volta. Mas não, ele não a amava na mesma intensidade. Na verdade, ele nunca a amou na mesma intensidade.

Todo o tempo que passaram juntos foi apenas uma sucessão de momentos que agregaram algo na vida dele. Para ela, no entanto, foi um marco. Um marco que moldou sua existência e a trouxe até ali.

Era como se tudo o que aconteceu naquele período não passasse de um sonho que, aos poucos, se transformou em pesadelo. Nada, absolutamente nada naquela época parecia ruim.

Talvez, se a sua obsessão não tivesse tomado conta de todo o seu ser, ela ainda pudesse se recuperar desse infeliz marco e seguir em frente como uma pessoa saudável e feliz. Mas, como a vida é feita de escolhas, isso não aconteceu. Não aconteceu porque Yeji preferiu escolher o caminho mais tenebroso entre todos. Preferiu escolher o caminho que a levaria para o fundo do poço, preferiu o caminho que a traria até aqui: no chão, estática.

Todos os momentos de sua vida passavam com rapidez e clareza. Via seus pais e irmão sorrindo e a abraçando. Ela era muito amada e não precisava do amor de Minho, mas achava que sim. E isso a destruiu.

Tudo aconteceu tão rápido que ninguém sabia exatamente o que havia ocorrido. Todos apenas ouviram o tiro e o corpo dela caindo no chão logo em seguida. O que ninguém sabia era que a sniper Park Jihyo estava mirando na cabeça da mulher diretamente do apartamento de outro prédio. Quando Jihyo percebeu que a tensão estava muito forte e o sangue escorria pelo pescoço da refém, seu supervisor autorizou o abatimento da criminosa. Sem hesitar um segundo, o disparo foi feito.

A bala atravessou sua cabeça, cravando-se na parede, junto ao sangue. Yeji caiu no mesmo instante. Era uma cena nada agradável: seus olhos estavam abertos, e o furo no meio da testa jorrava sangue, formando uma poça ao redor de seu corpo.

Ryujin gritou, afastando-se do corpo e encolhendo-se no sofá ao ver a imagem da amiga morta no chão.

Choi San abaixou-se junto com os outros. Afinal, poderia ser um ataque não só contra Yeji, já que ele não sabia de nenhum atirador. Mas acalmou seus nervos assim que ouviu pelo ponto eletrônico o aviso do supervisor. Logo em seguida, a equipe tática de desarmamento de bombas entrou no local e afastou os policiais e a civil dali.

O prédio já estava completamente evacuado; não havia mais moradores em seus apartamentos. Assim que a bomba foi desativada, os policiais retornaram ao local. Como o artefato era caseiro e feito às pressas, foi uma tarefa relativamente fácil para os profissionais. Mas isso não significava que os efeitos de sua explosão não seriam catastróficos.

A poça de sangue já estava maior do que antes, e o corpo de Yeji estava completamente inundado no próprio sangue.

— Meu Deus! — exclamou Choi San assim que chegou perto do corpo.

Ele passou a mão pela testa, olhando para os lados, até ver seu chefe e a sniper entrando no local. Pensar que tudo o que fez nos últimos meses finalmente chegou ao fim era revigorante. No entanto, perceber que uma vida havia acabado tão facilmente era de embrulhar o estômago.

Ela tinha família, amigos e pessoas que a amavam. Era triste ver que tudo isso se foi tão rapidamente. Por mais que estivesse nessa vida de detetive há bons anos, ele ainda não estava acostumado com esse tipo de sensação e cena. Ainda mais com uma garota tão jovem e bonita. Era realmente triste que ela tenha tomado esse rumo para sua vida. Mas fazer o quê? A vida cobra. E cobra muito.