Capítulo 44🤯

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Dk🤯

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Dk🤯

O sol tava se pondo e o clima na Rocinha, como sempre, era uma mistura de tensão e cotidiano. O barulho das motos subindo e descendo o morro, os gritos das crianças brincando e as conversas nos becos davam aquela sensação de normalidade. Mas eu sabia que, por aqui, a calmaria nunca durava muito. 

Tava encostado na laje do barraco, trocando ideia com o TH sobre uns corres, quando NG chegou apressado, o rosto carregado. Ele mal esperou chegar perto e já foi soltando: 

— Dk, Terror quer falar com a gente agora. Chama geral e corre pro barraco dele. 

Eu olhei pro TH, que já tinha ficado sério, e a gente seguiu sem falar nada. Quando o NG chega com essa cara, não é besteira. 

No barraco, tava uma galera já esperando: o próprio Terror, TH, NG e uns vapores de confiança. Terror, como sempre, tava sentado no canto, com aquele olhar frio que fazia qualquer um respeitar. Mas hoje, dava pra ver que o clima tava diferente. 

Terror levantou e foi direto: 

— Todo mundo aqui sabe que a polícia não dá ponto sem nó. A gente se movimenta, eles vêm atrás. Mas agora o bagulho é mais sério. 

NG pegou a palavra, visivelmente nervoso. 

— O X9 que eu conheço passou o papo: os caras descobriram que o Terror tá vivo. E não só isso. Eles tão planejando invadir hoje à noite. É pra derrubar geral. Tão vindo com força, pesado, pra limpar o morro. 

Eu franzi a testa. O NG nunca alarmava à toa. 

— E o que mais, irmão? Isso não é novidade pra gente. — perguntei, tentando manter a calma. 

Ele respirou fundo antes de continuar. 

— O problema é que eles tão mirando no nosso ponto fraco. Família. Eles sabem que a Ana Clara tá grávida, sabem onde vocês moram, sabem tudo. A missão deles é atingir o Terror e a gente onde dói mais. 

O silêncio que veio depois era quase ensurdecedor. Terror passou a mão no rosto, pensativo, antes de falar. 

— Não tem jeito, rapaziada. Eu vou ter que sumir do morro com a minha família. Camila, Ana Clara, Theo... Todo mundo. Não vou dar o gostinho pra eles de me pegarem ou de machucarem quem eu amo. 

TH, que tava com cara de poucos amigos, concordou. 

— É o certo, Pai. Se eles já sabem da família, o morro inteiro tá vulnerável. Se você sumir, a pressão diminui. 

— Vai sumir pra onde? — perguntei, cruzando os braços. 

— Pro Paraná. Vou pra casa que tenho la. Lugar seguro, longe de tudo. A gente espera a poeira baixar e depois eu volto. 

Eu assenti. Não era a decisão mais fácil, mas era a única que fazia sentido. 

— Certo. Mas a gente tem que se mexer agora. Não dá pra enrolar. A invasão vai ser logo mais. 

Amor Proibido - Entre Fogo e PólvoraOnde histórias criam vida. Descubra agora