Capítulo 46🤯

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Capítulo: Recomeço DK Narrando🤯

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Capítulo: Recomeço
DK Narrando🤯

Já tinha uma semana que a gente tava lá no Paraná. Lugar tranquilo, só o barulho do vento e uns passarinhos cantando. Parecia até outro mundo comparado ao caos do morro. Mas, sabe como é, a mente nunca para. Tudo que a Ana Clara falou antes de a gente sair ficou martelando na minha cabeça. Ela tava certa, mano. Criar meu filho no meio dessa loucura? Não tem futuro.

No jatinho, voltando pro Rio, só eu e o Terror. Ele tava de boa, mas eu via nos olhos dele que a preocupação não tinha sumido. O Th ficou no Paraná com as meninas pra garantir que elas tavam seguras.

– **DK:** Cê acredita que eu tô pensando em largar o movimento? – mandei do nada, olhando pela janela, vendo as nuvens passando.

Terror me olhou meio sério, mas não demorou muito pra responder.

– **Terror:** Já pensei igualzinho a tu, moleque. Quando soube que a Camila tava grávida da Ana, o bagulho bateu forte. Queria largar tudo, sumir e começar de novo. Mas, pra mim, não dava. Eu sou dono de tudo isso, mano. Minha saída é o caos pro morro inteiro. Agora tu? Tu tem chance de sair dessa vida e ir cuidar da tua família.

– **DK:** Pô, achei que tu ia me zoar por tá pensando assim.

– **Terror:** Zoar? Tá maluco? Um dia eu já fui igual a tu, DK. Pai de primeira viagem, cheio desses pensamentos de largar tudo. Só que a real é que eu não tinha escolha, entende? Tu tem. E, se eu fosse tu, agarrava essa chance.

Olhei pra ele, processando tudo.

– **DK:** Valeu mesmo por entender, mano. De verdade.

Terror só balançou a cabeça, dando aquele sorriso de canto.

– **Terror:** Se um dia eu puder sair dessa porra toda, eu saio. Mas até lá, cuida do teu. Não deixa teu moleque crescer sem pai. Não tem dor maior que isso.

Respirei fundo. Era decisão tomada. Eu ia largar essa vida. Queria criar meu filho com paz, sem minha mulher chorando toda noite porque não sabia se eu tava vivo ou morto no dia seguinte.

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**Chegando no morro**

Quando o jatinho pousou no aeroporto, a vibe já era outra. O Terror tava sério, ligado em tudo. O motorista que veio buscar a gente trocou poucas ideias, mas deu o papo no carro.

– **Motorista:** Chefia, tá tranquilo por enquanto. O NG ajeitou as coisas enquanto vocês tavam fora. Fechou com a comunidade e deu aquele apoio pras famílias dos que se foram. Tá todo mundo esperando vocês lá pra dar uma palavra.

Chegamos no morro com o sol já se pondo. A energia era pesada. A galera olhava pra gente com respeito, mas também com aquela tristeza no olhar. O NG nos recebeu na laje onde tudo tinha acontecido.

– **NG:** Terror, tá tudo no esquema. Fiz o possível pra segurar a bronca. Dei um velório digno pra rapaziada que caiu na missão e já to cuidando das famílias deles.

Terror apertou a mão dele forte.

– **Terror:** Tu é foda, NG. Não esqueço disso. Qualquer coisa que as famílias precisarem, cê avisa. O morro não vai deixar ninguém desamparado.

O NG assentiu, e a gente foi andando pela laje, olhando o cenário. Ainda tinha marcas do conflito da semana passada. O Terror parou e olhou pro horizonte.

– **Terror:** DK, tu tá vendo isso aqui? É pra isso que eu não posso sair. Cada um desses manos depende de mim. Mas tu não precisa disso. Vai viver tua vida, irmão.

– **DK:** Tamo junto, sempre. Mas eu vou cair fora dessa vida, pode crer. Quero paz pra criar meu filho.

O Terror deu um sorriso de lado.

– **Terror:** E é isso que tu tem que fazer. Vai e não olha pra trás. Só volta quando for pra ser diferente.

O resto da noite foi de despedidas e arrumações. O Terror fez questão de falar com cada família, prometendo que ninguém ia ficar desamparado. Eu só pensava em como ia contar pra Ana Clara que tava decidido. Meu moleque ia ter um pai de verdade. E isso começava agora.
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Você já se perguntou como é viver entre dois mundos tão distintos?

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Você já se perguntou como é viver entre dois mundos tão distintos?

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⏰ Última atualização: 12 hours ago ⏰

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