Capítulo 45🤍

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Ana Clara🤍

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Ana Clara🤍

A casa parecia que ia explodir de tanta tensão. Meu pai, o Terror, tava andando de um lado pro outro, com o celular na mão, soltando ordens pros vapores. Dk, como sempre, não parava também, ia da sala pra cozinha, depois pro quintal, falando com os contatos dele no Paraná pra reforçar a segurança da casa. 

Eu tava ali, no canto da sala, com a mão na barriga, tentando processar tudo. Tava difícil. Não era só o cansaço físico, era o mental. A cada ligação que meu pai recebia, o clima ficava mais pesado. Ele tava tentando manter a postura de sempre, mas a gente sabia que ele também tava no limite. 

— Invadiram nossas casas no morro. — ele falou de repente, jogando o celular na mesa com tanta força que o barulho ecoou. — Os caras destruíram tudo, até o quarto do bebê da Ana. 

Meu coração gelou. Quarto do bebê? Eu nem tinha coragem de perguntar, mas ele pegou o celular e mostrou a foto. O berço quebrado, as roupinhas rasgadas, tudo jogado no chão. Meu peito apertou tanto que eu só consegui levantar e ir pro quarto. 

Cheguei lá e sentei na beira da cama, passando a mão na barriga. Era como se eu quisesse proteger meu filho de tudo isso, mas sabia que não dava. Ele ainda nem nasceu e já tá no meio de uma guerra que nem é dele. 

Dk apareceu logo depois. Ele sempre vinha atrás de mim quando eu me afastava. Fazia parte do jeito dele. 

— Tá tudo bem? — ele perguntou, parando na porta. 

— Sim, só tô com um incômodo. Coisa boba. — menti, sem conseguir olhar pra ele. 

— Cadê o negócio de escutar o coração do bebê? — ele insistiu, já abrindo a gaveta da cômoda. 

— Não sei, Dk. Me deixa sozinha, por favor. — respondi, sem paciência. 

Ele parou, me olhou por um momento e deu aquele suspiro pesado. 

— O que tá acontecendo, Ana? 

— Nada. 

— Fala, Ana! Não fica nessa de esconder as coisas de mim. 

Eu não aguentei mais. Levantei da cama e olhei pra ele, as lágrimas já ameaçando cair. 

— Eu tô cansada dessa vida, Dk. Do nada, minha vida vira de cabeça pra baixo. Eu tô grávida, e em vez de planejar o futuro, tenho que ficar fugindo, me escondendo... 

— Você se envolveu comigo sabendo da minha vida, Ana Clara. — ele rebateu, o tom já ficando mais firme. — Teu pai também é. Não tem nada novo nisso aqui. 

— Eu sei, Douglas! Eu sei de tudo isso! Mas isso não muda o fato de que eu tô exausta! Eu quero paz! Quero continuar com todo mundo junto, sem essa porra de paranoia! 

— Já entrou sabendo, Ana. Essa vida minha é assim. Sempre foi. 

— E eu não quero viver assim! Não quero passar a vida com medo de que, a qualquer momento, o pai do meu filho pode ser preso ou morto! 

Amor Proibido - Entre Fogo e PólvoraOnde histórias criam vida. Descubra agora