Capítulo 55

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MAJU

Finalmente consigo parar de pensar naquele sonho que me deixou horas pensativa, mas levanto da cama e decido tomar um banho e descer, pra comemorar o aniversário da minha mãe

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Finalmente consigo parar de pensar naquele sonho que me deixou horas pensativa, mas levanto da cama e decido tomar um banho e descer, pra comemorar o aniversário da minha mãe.

Hoje vou tentar o máximo não pensar em coisas ruins, deixar minha mente leve ate por que aquele sonho tá tomando a maior parte da minha cabeça

A festa tava mediana de pessoas, só familiares e pessoas próximas, a batida do funk dominava o som, e todo mundo parecia estar se divertindo.

Todo mundo, eu. Encostada perto da piscina, ela fingia que prestava atenção nas conversas, mas seu olhar ia direto pra Will e Carla, que estavam rindo juntos perto da churrasqueira.

Eu tava tentando me segurar, juro que tava. Mas era difícil ignorar o jeito que a Carla se pendurava no Will, rindo alto de tudo que ele falava, como se ele fosse o cara mais engraçado do mundo. Eles tavam perto da churrasqueira, e eu, encostada na piscina, fingia que aquilo não tava me incomodando. Mas tava. Muito.

Ele ria. E eu só conseguia pensar: qual é a graça? Que assunto é esse que eles têm tanto pra falar? Meu coração tava disparado, e eu sabia que, se continuasse olhando, ia perder a paciência.

Tomei um gole do meu refrigerante, tentando me distrair, mas foi nessa hora que vi. A Carla encostou a mão na perna dele e acariciando. Assim, do nada, como se tivesse toda a liberdade do mundo. E ele? Ele não tirou. Nem se mexeu.

Aquilo foi a gota d'água.

Andei até eles com o coração explodindo. Cheguei firme, sem dar espaço pra conversa.

Maju: Tá divertido aqui, né?

O Will me olhou na hora, com aquela cara de quem não sabia o que tava rolando. A Carla deu um passinho pra trás, mas eu já tava tão cheia que nem reparei muito nela.

Carla: Maju, cê tá bem?

— Tô ótima. Maria Júlia, meu nome! Da pra ouvir as risadas de vocês de longe, queria rir também

Eu sabia que meu tom tava pesado, mas ele merecia. Ele nem tentou se explicar.

Will: assunto meu e da Carla.

Eu ri, mas foi aquela risada cheia de ironia. Olhei direto pra Carla, que tava tentando entender o que tava rolando.

Maju: beleza - ri totalmente com ar de ironia

Carla: Vou lá na peppi, e vou deixar vocês conversarem.

Boa ideia, pensei, mas não disse. Só fiquei vendo ela se afastar enquanto o Will me olhava com aquela mistura de raiva e impaciência.

Maju: Resolve logo, Will. O que tá pegando entre vocês?

Ele passou a mão no cabelo, já irritado.

Will: eu não tenho nada com você, alem de eu ser seu padrinho, nossa relação é só essa môrou? A Carla é minha amiga, só isso. Você tá viajando.

Viajando? Ele achava que eu tava viajando? Não sabia se ria ou gritava.

Maju: engraçado que na vezes que tu me comeu não lembrou que eu sou só tua afilhada né, esse relacionamento de afilhada e padrinho é meio diferente, né?

Will: tu é chave de cadeia, não quero me envolver contigo e tu sabe bem o porque - falou se afastando

A música continuava tocando ao fundo, mas, por um instante, o mundo pareceu mais devagar. Eu tava ali, com cara de palhaça, aquilo tudo me deixou com muita raiva.

Meu Deus que ódio, ele sabe que me quer
Tá tentando se convencer que não trazendo essa mulher de volta pra vida dele só pra me esquecer, ou pelo menos tentar.

Na hora do parabéns, é sempre uma zona. Todo mundo se amontoa em volta do bolo, ninguém canta no mesmo ritmo, e tem sempre uma tia que começa o "é pique" antes da hora. Hoje não foi diferente. Estava tudo lindo a decoração de tardezinha espalhados, o bolo de chocolate no meio, com aquelas velas que mais parecem fogos de artifício, e minha mãe, toda animada, esperando pra apagar.

Eu tava perto da piscina, tentando sorrir e fingir que tava tudo bem, mas minha cabeça tava presa numa coisa só: Will e Carla. Eles tavam juntos do outro lado, ele encostado na churrasqueira e ela rindo de alguma coisa que ele disse. A risada dela era irritante, alta demais, e parecia que ela fazia questão de todo mundo ouvir.

Ai que ódio, só de ver ele todo simpático com ela, como se eu nem estivesse ali, era um teste de paciência que eu não sabia se ia passar.

Minha mãe, feliz da vida, começou a puxar o parabéns, e eu me forcei a bater palmas junto. Todo mundo tava cantando, descompassado como sempre, e o som do funk foi abaixado, mas o clima ainda era de bagunça.

Olhei de novo pro lado, e lá tava o Will, com aquele sorriso fácil, enquanto a Carla mexia no braço dele pra chamar atenção. Ele não afastava, não fazia nada, só ficava lá, achando tudo normal. Meu peito queimava de raiva, mas eu engoli seco e continuei cantando, porque minha mãe não merecia que eu estragasse o momento dela.

Quando chegou a hora do "é pique, é pique!", as crianças começaram a gritar e pular na piscina, jogando água pra cima. Meu irmão quase derrubou o bolo, com as palhaçadas dele como de costume minha mãe soltou aquele grito clássico: "Ryan para com isso antes que eu te dê uma chinelada!"

Minha mãe apagou as velas no meio da gritaria, e todo mundo comemorou como se fosse Copa do Mundo. A galera começou a gritar "discurso!", e minha mãe, sempre emocionada, levantou as mãos pedindo silêncio.

Pérola: Quero agradecer a Deus e a vocês. Ter minha família e meus amigos aqui é o maior presente. Vocês são minha força, minha alegria. Amo cada um de vocês.

Todo mundo aplaudiu, alguns até soltaram um "ahhh" emocionado, mas eu tava focada. De canto de olho, vi a Carla colocando a mão no ombro do Will de novo, se inclinando pra falar algo no ouvido dele. E ele? Só riu.








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