Capítulo 4

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Matador

Te falar, vida no tráfico é foda. Quanto mais tu tens, mais tu quer. Dinheiro te traz luxo, mas também te traz o lixo.

Entrei nessa vida porque quis mesmo, e tô aqui até hoje. Só saio morto. Se tô onde tô agora, foi tudo por mérito meu. 28 anos de correria.

Família? Não tenho, não.

Gosto de matar mesmo, mato sem pena. Não é à toa que meu vulgo é Matador.

O baile tava fluindo daquele jeitão. Vários malandros na fita, as minas todas em cima. Tava na brisa, coisa leve.

Fiquei ali um tempão com os parças, até que vi uma novinha daquele jeito.

Gostosinha demais.

Mandei um dos menor dar a ideia nela. Tô ligado que não é de hoje que ela tá na minha. Hoje eu mato essa vontade que essa filha da puta tem de mim.

Fiquei esperando a mina. Esperei tanto que comecei a desconfiar. Tá maluco? Quer arriscar essa mandada?

Depois de uma eternidade, ela apareceu.

– O que tu quer? – ela mandou cheia de marra.

– Quero tu. E tô ciente que tu quer também, não é de hoje – soltei o papo reto.

– Eu não sei do que cê tá falando, não – respondeu se fazendo de difícil.

– Fala pro pai aqui que tu não me quer! – falei, chegando mais perto.

A mandada ficou mais nervosa ainda. Passei a ponta do nariz no pescoço dela. A nega se derreteu todinha.

– Bora pra minha casa, pô.

– E... eu sou virgem – disse, e eu já fiquei pilhado.

– Então vaza.

– Mas eu quero.

Papo reto, a carne é fraca. Faz tempo que eu não pego uma novinha virgem.

Tô ciente que isso pode dar ruim, mas ela tá querendo. Fazer o quê?

– Marca de 10 lá na entrada da quadra. Já eu broto.

Ela concordou.

Saudade de exercer essa mordomia de ter toda mulher na minha cama. Papo reto, cadeia não é pra mim, não.

[...]

Ela gemia toda safada. Quem diria? Quando chamei, nem parecia essa cachorra na cama. Me amarro nessas com cara de santa.

Botei ela de frente, metendo com força na buceta dela, beijando sua boca e apertando o pescoço enquanto ouvia os gemidos abafados.

Hoje não tô com pressa. Vou comer ela da melhor forma possível. Tudo na tranquilidade.

Achei o ponto fraco dela e brinquei, mordendo os biquinhos dos peitos enquanto via ela toda suada, com a buceta mais molhada ainda.

Foi um trabalho do caralho pra fazer ela gozar, mas consegui.

Enquanto ela rebolava, eu metia de quatro. É uma sensação do caralho sentir a pressão do vai e vem, e Acabei gozando

Já gozei umas três vezes. Tô cansadão, pô.

Ela tava sentando com força enquanto eu gozava de novo. Quando acabou, saiu de cima de mim e se jogou do meu lado, exausta.

Me levantei, fui até a gaveta, peguei a maconha e a seda. Fui bolar um beck na sacada.

– Qual teu nome, pô? – perguntei, dando o primeiro trago.

– Pérola – respondeu.

– Nome de cachorra – murmurei.

– O quê?

– Nada, não, pô. Tu quer? – ofereci o beck.

– Melhor não.

– Melhor coisa depois do sexo e durante o sexo é um beckzinho, tá ligada?

– Já é 3:50. É melhor eu ir. Tenho que levar minha amiga pra casa – ela disse, me olhando.

Que mina tóxica. Tô tentando bater papo, e ela me corta.

– Beleza. Quer que eu te leve?

– Não precisa, não. Tchau.

– Beleza.



PÉROLA

Deus, o que eu fiz?

Eu sei que foi errado. Ou não. A buceta é minha. Mas... eu gostei.

Eu sou muito besta mesmo. Agora ele nem vai mais lembrar de mim, e eu aqui, toda boba.

Graças a Deus, quando cheguei, a Kelly já tava na porta da quadra.

– Aonde você tava, hein? – perguntou.

– Depois eu te explico. Agora bora, que já tá na hora.

– Beleza, amiga. Nosso primeiro baile foi tudo de bom, né?

– Sim, eu amei também.

– Lógico que tu gostou. Olha tua cara de felicidade... Não acredito. Tu deu a perseguida, não foi?

– Digamos que sim – respondi.

– Meu Deus! Como eu não percebi antes? Eu não sou tão burra assim. Esse é teu papel.

– Ei, eu não sou burra, não. Só penso com calma. E, respondendo sua pergunta, eu dei, sim.

– Caralho, cê não é mais virgem! – ela começou a pular. Só pode tá bêbada.

– E pensa que eu não vi tu se agarrando com o PH?

– Eu não tava me agarrando com ninguém! Mas ele é gostoso.

– Cê tá muito bêbada – ri.

– Como foi dar a perseguida, hein? – ela perguntou, curiosa.

– Ai, foi ótimo. Doeu um pouco no começo, mas depois foi maravilhoso.

– Meu Deus, eu pensei que era impossível, mas tu tá mais apaixonada do que antes!

– Palhaça. Bora dormir, que é melhor.

𝑀𝑎𝑚𝑎𝑐𝑖𝑡𝑎 𝐵𝑒𝑙𝑎.Onde histórias criam vida. Descubra agora