41: Sangue e gritos

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Oi, tudo bem? Eu estou bem!

Espero que gostem, tem hot como as minhas vadias amam e no fim...bom, só lendo para saber mesmo.

Você me tem em um estrangulamentoImobilizadaVendadaNão pareEu não preciso de ver, faça o que quiser comigoMe mantenha na casa de bonecasVestidaPerfeitaDesarrumada

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Você me tem em um estrangulamento
Imobilizada
Vendada
Não pare
Eu não preciso de ver, faça o que quiser comigo
Me mantenha na casa de bonecas
Vestida
Perfeita
Desarrumada

Lily-Rose Depp, em Dollhouse (ft. The Weeknd)

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• ALEXA LEBLANC •

Amanhã é o aniversário dele. Para qualquer outra pessoa, seria um dia de celebração, mas para nós, parece mais um presságio de que algo grande e irrevogável está para acontecer. Uma parte de mim sabe que, depois de amanhã, nada será igual. O Damiano já não será o mesmo, ou talvez eu não serei.

Enquanto essas ideias me consomem, as lembranças de como chegamos até aqui invadem a minha mente. Cada momento compartilhado, cada desentendimento, discussão, cada reconciliação. A paixão intensa que sempre nos uniu, que hora parecia nos salvar e hora nos destruir. Ele é um homem difícil, e eu sabia disso desde o início, mas nunca pensei que esse mistério ao seu redor pudesse me corroer tanto.

De repente, decido que não posso mais ficar sozinha com esses pensamentos. Preciso vê-lo. Preciso sentir que ele ainda é meu, nem que seja por mais uma noite.

O escritório dele está parcialmente iluminado. Ele está sentado à sua imponente mesa de madeira escura, com a postura rígida e a atenção completamente presa aos papéis diante dele. O ar ali é denso, quase sufocante.

— O empadão está pronto — digo suavemente, encostada na porta — Ficou muito bom. Você devia provar.

Ele nem levanta o olhar, apenas folheia outro documento.

— Não agora. Estou ocupado.

Cruzo os braços, uma pontada de tensão dilata o meu peito e algo mais profundo...insegurança.

— Você está enfurnado aqui desde cedo. Já é noite, Damiano. Não acha que merece um descanso? — a minha voz é mais gentil agora, um pedido velado.

Ele não responde de imediato, mas finalmente ergue os olhos. A exaustão está evidente neles, mas também algo escondido que não consigo identificar.

— Não posso parar agora. Ainda tenho muito a fazer para amanhã.

Dou alguns passos na sua direção, decidida a afastar a distância que ele insiste em criar. Eu não aguento mais ficar tão longe dele. Parece que só consigo respirar direito se ele me permitir estar por perto.

— Eu sei que você está estressado, mas talvez devêssemos nos distrair um pouco... — digo ao parar ao lado da mesa e apoiar uma mão sobre a madeira fria — Que tal deixar as preocupações de lado por algumas horas e apenas nos curtirmos?

Dominados Pelas Sombras|+18Onde histórias criam vida. Descubra agora